A estrutura precária do pavilhão de reciclagem do aterro sanitário de Passo Fundo oferece riscos aos recicladores da Associação de Recicladores Parque Bela Vista (Recibela). Na última quinta-feira (23), a chuva forte provocou o desabamento de parte da estrutura do prédio que há anos está em condições precárias. Além disso, a fiação elétrica e os motores da esteira estão expostos ao tempo com sérias possibilidades de provocar um choque elétrico. Os associados da Recibela continuam trabalhando na esteira de triagem localizada no pavilhão mesmo sabendo que a estrutura está comprometida. A Secretaria do Meio Ambiente (SMAM) reconheceu que o local está comprometido. Até agora, a prefeitura só ofereceu uma lona e disse que está esperando os orçamentos para fazer melhorias pontuais.
Desde que a Recibela iniciou os trabalhos de triagem do lixo no aterro sanitário há dois anos, ela aponta a necessidade de melhorias urgentes na estrutura do pavilhão e nas condições de trabalho. Na semana passada, por pouco os recicladores não ficaram feridos após a estrutura ceder e fazer com que parte do telhado desabasse. O tesoureiro da Recibela, Jocenir Rocha revelou que a ferrugem corroeu as colunas de ferro que sustentam o pavilhão e com a chuva forte, parte da estrutura desabou. “Estávamos todos trabalhando quando o telhado veio abaixo. Retiramos todo mundo e desligamos a energia elétrica. Foi um grande susto, mas graças a Deus ninguém se feriu”, revelou Rocha.
O coordenador dos trabalhos da associação no pavilhão, Nelson Claros de Ramos informou que todos estão trabalhando. “Estamos com uma chave desligada porque se ligarmos pega fogo. Comunicamos a prefeitura, mas a única coisa que eles nos ofereceram foi uma lona, mas o vento forte não beneficia a permanência dela. Estamos monitorando a estrutura para que a qualquer sinal possamos retirar o pessoal. Isso pode desabar a qualquer momento”, disse Ramos.
Além da infraestrutura precária, a esteira que está muito deteriorada apresenta vários remendos e novas fissuras insistem em aparecer. O asfalto que era para ser construído na entrada do aterro ainda não foi cumprido pelo município. A renda que já chegou a ser de R$ 1,2 mil por associado, hoje não passa dos R$ 500,00 e nesse mês o prejuízo deverá ser ainda maior. Diariamente, o grupo recicla cerca de 10 toneladas de resíduos.
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