Problemas do sono já são epidemia

Alerta no Dia Mundial do Sono é sobre a importância de um sono de qualidade, com enfoque especial para a apneia obstrutiva

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Dormir bem parece ter se tornado um problema na sociedade moderna. Cada vez é maior a parcela da população que se queixa de não ter dormido bem ou o suficiente. O resultado dessas noites mal dormidas tem sido dificuldade de atenção, baixo rendimento no trabalho e nos estudos e enfraquecimento da memória. Essas questões são tão frequentes que os problemas com o sono já são considerados epidemia.

Com o slogan "Respire fácil e durma bem", o Dia Mundial do Sono deste ano, comemorado hoje (16), tem como objetivo aumentar a consciência do sono como um privilégio humano. Mas que muitas vezes é comprometido pelos hábitos da vida moderna e por problemas. “Os problemas do sono constituem uma epidemia e podem afetar até 45% da população mundial”, destaca o médico neurologista Alan Fröhlich, que é especialista no assunto, com título em Medicina do Sono pela Associação Brasileira do Sono.

De acordo com ele, as doenças do sono, incluindo insônia, síndrome das pernas inquietas, privação e distúrbios respiratórios relacionados ao sono, como apneia obstrutiva, “resultam em perda de qualidade do sono que podem levar a inúmeros problemas de saúde, como hipertensão, doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e diabetes”, explica. Outras consequência do sono insuficiente são a falta de atenção, concentração reduzida, diminuição da produtividade no trabalho, baixo rendimento escolar e maior risco acidentes de trânsito.

É por isso que o foco do Dia Mundial do Sono de 2012 é a apneia obstrutiva, problema muito frequente e, muitas vezes, pouco reconhecido. “Estudos estimam uma prevalência de 24% apneia do sono entre os homens e 9% entre as mulheres. A apneia do sono é uma doença em que ocorre obstrução à passagem do ar que respiramos durante o sono, e o principal sintoma é o ronco. Entretanto os pacientes podem ter também sonolência ou cansaço durante o dia, falta de concentração e memória, além de alterações do humor”, ressalta o médico.

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