Programa Taxista Nota 10 é pouco procurado

Mesmo com divulgação, taxistas não demonstram interesse em cursos gratuitos de idiomas

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Com a iminência da Copa de 2014 o programa Taxista Nota 10 oferece aos taxistas do Brasil três cursos gratuitos à distância: inglês, espanhol e gestão. O programa é uma iniciativa do Sebrae e do Sest/Senat. O curioso é que em andamento há a aproximadamente seis meses, apenas quatro profissionais em Passo Fundo se inscreveram.

O agente do Sest/Senat, César Martins Barriquel, lamenta o pouco interesse da categoria nos cursos qualificadores.  César afirma que o Sest/Senat conversou com o presidente da associação dos taxistas, mandou material pelo correio para todos os cadastrados na base de dados do Sebrae, colou cartazes e fez visitas a pontos de taxi da cidade. “Mas não está tendo uma procura grande como achávamos que ia ter”, acrescenta. O Sest/Senat pretende fazer uma reunião junto à prefeitura municipal para que a o município passe a cobrar um treinamento de qualificação aos taxistas assim como é feito com os motoboys. De acordo com César, os taxistas mais organizados já atendem vários estrangeiros, pois Passo Fundo é uma rota do Mercosul, e há muitos turistas da América Latina que passam pela cidade a caminho das praias.

O presidente da associação dos taxistas de Passo Fundo, Jeferson Azevedo, explicou a falta de interesse por parte da categoria na cidade. O programa foi amplamente difundido pela associação. “Passamos a declaração para todos, um por um”, confirmou. De acordo com Jeferson, o taxista da cidade que tem média de idade em torno de 50 e 60 anos não enxerga utilidade num curso de idiomas, mesmo sendo gratuito, e que em seus pensamentos, dificilmente este estudo será usado futuramente em Passo Fundo. “Interessava que tivesse um número grande de gente que fizesse, mas se o pessoal acha que não é viável não podemos fazer nada”, lamenta.

Quem faz aprova

Um dos inscritos no projeto é o taxista Roberto Martio. Dois pontos são destacados por Roberto para justificar sua participação no curso. Em primeiro lugar porque a qualificação é, por Roberto, julgada muito importante, e em segundo lugar porque o taxista recebe clientes americanos a todo o momento. “Agora mesmo estava recebendo três americanos no aeroporto, e a comunicação é só em inglês”. Roberto diz que apesar de não ter um inglês muito fluente sabe o suficiente para entender o básico, e destaca a linguagem clara e específica do curso, que possui conteúdos que são para serem aplicados exclusivamente no táxi.

A notícia completa na edição impressa  e  digital do Jornal O Nacional.  Assine já! www.onacional.com.br/assinaturas.

Agora também disponível para iPad e iPhone. Acesse a App Store e baixe o aplicativo grátis

Gostou? Compartilhe