Na contramão do ritmo das obras para construção e recuperação dos estádios de futebol e de infraestrutras nas cidades-sedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, o planejamento e preparação da segurança do evento seguem acelerados. Em todo o país, são cerca de 50 mil policiais militares, civis, federais, rodoviários federais, bombeiros e de outras áreas em fase de preparação para atuarem na principal competição de futebol do planeta.
Desse total, o Rio Grande do Sul deve contribuir com uma fatia de aproximadamente oito mil policiais militares e 1.800 civis. De Passo Fundo, partirá todo o efetivo do 3º Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar, atualmente com 80 policiais, e 30 integrantes do Pelotão Hipo, do 3º RPMon. O otimismo em relação ao andamento dos trabalhos é do major André Luis Otto Pithan. Sub-comandante do BOE em Passo Fundo e responsável pela elaboração do conteúdo de um dos 20 cursos presenciais, com início previsto, em todo o Brasil, no final do primeiro semestre deste ano, o militar afirma que a preparação começou em fevereiro com os cursos online a distância. Elaborados pela Secretaria Nacional de Segurança (Senasp) são 20 disciplinas em andamento. O tempo de duração varia de 40 a 70 horas e o conteúdo aborda temáticas como direitos humanos, segurança pública, prevenção à violência, entre outros.
O curso é realizado individualmente através do acesso ao site da Senasp. Ao final, o candidato passa por uma avaliação com exigência mínima de acertos para obter a aprovação, considerada requisito para os cursos presenciais. De olho em uma das vagas para atuar na Copa do Mundo, a policial militar Silvia Silveira, 39 anos, 21 deles dedicados à Brigada Militar, aproveita as folgas entre a escala no quartel e os afazeres domésticos, para acompanhar as aulas via internet. Para adquirir o conhecimento básico do inglês, ela participa do curso coordenado pelo capitão Marco Antônio dos Santos Moraes, na própria sede do BOE. A expectativa de trabalhar em um dos maiores eventos esportivos do mundo, despertou na militar até mesmo o interesse pelo futebol. “Sempre que tenho um tempo livre, vou para o computador. Já realizei quatro cursos. Quanto ao inglês, a intenção é conhecer o básico para poder fazer uma abordagem, prestar informações aos turistas. Antes eu não ligava muito, mas agora estou mais atenta ao futebol”, revela.
Todo o trabalho referente à segurança da Copa é comandado pelo governo federal, através da Senasp e Secretaria Extraordinária para Grandes Eventos, a Sesge, ambos ligados ao Ministério da Justiça. Para desenvolver as ações os dois órgãos estabeleceram acordos com as secretarias estaduais. Os encontros em Brasília para definir o conteúdo e o método dos 20 cursos presenciais iniciaram ainda no ano passado.
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