Os entrevistadores do IBGE que estão realizando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) encontram dificuldades para coletar as informações em Passo Fundo. Dos 12 municípios da região da agência do IBGE, a capital do Planalto Médio é a única que apresenta esse tipo de problema. O público que mais trata mal os trabalhadores do IBGE ou se nega a recebê-los é moradores do centro que pertencem às classes sociais média e alta. O órgão pede a colaboração da comunidade e garante que os dados são estritamente confidenciais e só podem ser utilizados para fins estatísticos, ou seja, a legislação impede o uso para efeitos fiscais, ação legal, entre outros.
A pesquisa é uma inovação no país e na história do IBGE. Em janeiro de 2012, o órgão passou a realizar a coleta de dados nos domicílios para obter informações referentes à educação, ao trabalho, à ocupação e à renda que serão divulgadas trimestralmente. O objetivo é elaborar um censo anual e não mais a cada 10 anos. Segundo o chefe da agência do IBGE, Jorge Benhur Bilhar, a pesquisa apontará o perfil socioeconômico dos moradores e será aplicada em 16 mil residências dos municípios pertencentes à agência. “Ela é continua com o objetivo de acompanhar o andamento das famílias em relação à renda, trabalho e educação para ver o crescimento da população. Ela é feita em todos os bairros, na área central e na área rural”, explicou Bilhar.
A principal dificuldade do IBGE para realizar essa pesquisa está na recepção por parte dos moradores do centro. Conforme Bilhar está ocorrendo uma desconsideração com o trabalho do órgão. “Alguns moradores tratam mal o entrevistador e com estupidez. Notamos que as pessoas que mais complicam o nosso trabalho estão acima da classe média, são instruídas e com alto índice econômico e de educação. A dificuldade está na recepção e no fornecimento das informações”, lamentou Bilhar.
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