Frigoríficos da Doux Frangosul suspendem atividades

Produtores buscam a quebra de contrato para iniciar a parceria com outras empresas

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A crise vivida pela Doux Frangosul desde 2008 culminou nesta semana na suspensão do abate de frango nas unidades de Passo Fundo e Montenegro. Os funcionários dos frigoríficos foram dispensados de trabalhar até que a multinacional francesa formalize uma parceria com um novo investidor. Segundo especulações do setor, a JBS estaria interessada nas unidades de frango, mas a empresa não confirma.

Para os produtores integrados, a situação é crítica há mais de seis meses. Sem receber pelos lotes atrasados, muitos criadores de frango de Passo Fundo estão com as atividades paradas ou em busca de outras empresas integradoras. Aqueles que tinham na produção de frango a principal renda da propriedade ainda passam por dificuldades financeiras enquanto aguardam uma solução para o problema. A principal expectativa dos agricultores é de que a Doux Frangosul possa ser negociada para algum outro grupo. Este também é um dos motivos apontados pelos criadores para o fato de a empresa dificultar a quebra de contrato para que eles possam começar a operar com outras integradoras. Sem ter quem forneça as aves é mais difícil avançar nas negociações para vender a planta de Passo Fundo.

 Conforme o presidente da Fetag (Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado), Elton Weber, fontes da Doux Frangosul, afirmaram que as negociações com o novo investidor estão adiantadas. No entanto, a empresa não tem como sustentar o alojamento e abate de frangos até a formalização da venda das unidades gaúchas. “Se passaram mais de dois anos nesta crise e só agora a empresa resolveu abrir o capital. Esperamos, sinceramente, que a empresa consiga fechar esta negociação, independente de quem seja o novo investidor”, disse. Na próxima semana, a entidade vai reunir os integrantes da comissão de integrados para discutir o tema.

Quem conseguiu mudar

Os criadores que conseguiram quebrar o contrato com a Doux Frangosul e se integrar ao sistema de outra empresa têm agora uma nova esperança. No entanto, os problemas financeiros ainda não foram resolvidos. Na propriedade da família Goulart, por exemplo, na Comunidade de São Roque, o primeiro lote alojado com a nova integradora já está com pouco mais de 20 dias e apresentam crescimento satisfatório. São cerca de 38 mil aves que estão divididas nos três aviários. Para a propriedade conseguir reequilibrar as finanças será necessário alojar e entregar pelo menos três lotes o que levará seis meses.

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