O dia Mundial do Parkinson foi de esclarecimento e de informação em Passo Fundo. Aproximadamente 400 pessoas compareceram ontem à tarde, no antigo quartel do Exército, para acompanhar a fala do médico neurocirurgião Leonardo Friguetto, sobre o assunto. A programação teve ainda, leitura de poesia, atividades físicas e um lanche de confraternização. Também houve distribuição de folderes com informações sobre a doença. O evento foi promovido pelo Centro Especializado de Tratamento do Parkison e Distúrbio do Movimento.
“O Parkinson é uma doença da Terceira Idade, que normalmente surge após os 60 anos. A proposta do evento é mostrar a importância de um tratamento para manter a qualidade de vida do paciente” afirma a fisioterapeuta Nedi Mello dos Santos Magagnin. Existente há mais de 100 anos, as causas da doença que chegou a ser chamada de Mal de Parkinson, ainda são desconhecidas. Segundo especialistas, ela degenera o sistema nervoso central e ataca células do cérebro.
Segundo Friguetto, no Brasil não existe uma estatística precisa sobre o número de pacientes do Parkinson, mas a estimativa é de que 3% da população mundial, acima dos 65 anos, sejam portadores da doença. Mesmo não havendo cura, o médico chama a atenção para a importância dos tratamentos, através de medicação ou cirúrgico. “A atividade como essa serve justamente para demonstrar que com um tratamento adequado, o paciente poderá levar uma vida normal” afirma. A programação encerrou às 18h, com uma missa rezada na Catedral.
Superação
Aos 69 anos, o dentista aposentado, Jairo Antônio Casale, emocionou o público ao ler uma de suas poesias durante o evento. Ele tinha 50 anos, quando descobriu ser portador de Parkinson. Passado o choque inicial, buscou refúgio na escrita como forma de superação. Autor de cinco livros, Casale diz ter mais de 100 poesias escritas, todas com conteúdo de otimismo.”A receita é ir à luta, levantar o astral. Escrever também é um bom remédio. Todo mundo tem algo a contar” recomenda.
Sintomas iniciais da doença
- Sensação de cansaço ou mal-estar no fim do dia
- Caligrafia menos legível ou com tamanho diminuído
- Fala monótona e menos articulada
- Depressão ou isolamento sem motivo aparente
- Lapsos de memória, dificuldade de concentração e irritabilidade
- Dores musculares, principalmente na região lombar
- Um dos braços ou uma perna movimenta-se menos do que a do outro lado
- A expressão facial perde a espontaneidade
- Movimentos tornam-se mais vagarosos, a pessoa permanece por mais tempo em uma mesma posição
- Tremor