Após uma medida inédita nos bancos públicos de reduzir a taxa de juros para os clientes, as agências registraram um aumento de até 20% na procura por informações sobre financiamentos, cartão de crédito e transferência de salário.
Na semana passada, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal foram as primeiras instituições financeiras a anunciar os pacotes com redução média de 40% nas linhas de cartão de crédito, crédito pessoal, cheque especial, financiamento de veículos e outros. Juntos, estes bancos detêm aproximadamente 40% do mercado de crédito. Com receio de perder mercado, nesta semana os bancos privados como Bradesco, Itaú, HSBC e Santander, também acabaram aderindo ao movimento provocado pela Presidente Dilma Rousseff.
Na agência da Caixa Econômica Federal da Rua Capitão Eleutério, em Passo Fundo, o movimento aumentou aproximadamente 20% desde o dia 9 de abril, quando foi anunciado o pacote. O gerente da agência, Miguel Angel Gonzalez Morais, relatou que desde o lançamento do programa CAIXA Melhor Crédito, o banco registrou um aumento de 17% o volume de concessões de crédito para Pessoa Física em relação à semana anterior ao programa. “Em 30 anos de banco, nunca aconteceu nada semelhante”, declarou. No país, o volume de crédito disponibilizado pelo BB chegou a R$ 518 milhões em apenas cinco dias. Para Pessoa Jurídica, a procura pelas linhas de crédito da CAIXA aumentou 9%, somando R$ 323 milhões em volume de crédito.
Segundo o gerente da Caixa, a expectativa é atrair novos clientes, especialmente pelo sistema de migração de salários e de empresas com folha de pagamento. “É um bom momento para os bancos, mas também para os clientes que precisam renegociar as dívidas. Nós trabalhamos no sentido de orientar as pessoas da melhor forma de reorganizar a estrutura financeira familiar”, explicou.
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