De quarta-feira a sábado Passo Fundo sediou o 8º Congresso Médico, que aconteceu na Faculdade de Medicina da Universidade de Passo Fundo. O evento foi palco de importantes debates e apresentações na área da saúde. Dentre elas, a presença do médico oncologista Paulo Hoff, que ficou nacionalmente conhecido ao ser apontado como o responsável pelos tratamentos médicos da presidente Dilma Roussef, do ex-presidente Lula e do ator Reynaldo Gianechinni.
Hoff foi o palestrante da conferência de abertura do Congresso Médico, que ocorreu na manhã de quinta-feira (19). Em entrevista a O Nacional, o médico falou sobre os desafios de tratar pacientes com câncer e as perspectivas para combate a esta doença.
O Nacional – É possível falar em cura do câncer?
Paulo Hoff – O câncer não é uma doença, na verdade é um conjunto de doenças que tem causas e manifestações muito similares. Quando a gente visualiza o problema dessa maneira fica claro que não teremos uma cura, teremos diversas curas para os diversos tipos de câncer. Eu ressalto que hoje, entre 60 e 70% dos pacientes com câncer, são curados. O problema é que as pessoas tendem a prestar mais atenção e guardar na memória os casos em que isso não aconteceu, em que a cura não foi possível. A nossa luta hoje na ciência é para tentar fazer a cura desses 40% que hoje falecem da doença. Nós certamente temos um longo caminho a percorrer em diversos tipos de tumores, mas ressaltaria que mesmo naquelas situações em que a cura não é possível, temos conseguido fazer com que os pacientes vivam mais e vivam com uma qualidade de vida superior a que tinham poucos anos atrás. Talvez um dos maiores avanços da oncologia recente tenha sido justamente melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem e são obrigados a padecer dessa doença.
Confira a entrevista completa na edição impressa e digital do Jornal O Nacional. Assine já! www.onacional.com.br/assinaturas.
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