O programa que busca o controle preventivo da violência e a convivência pacífica nas comunidades completa cinco meses de implantação em Passo Fundo neste domingo, 22. O Nacional foi até bairro José Alexandre Zachia para saber como a comunidade contemplada e os envolvidos nas ações avaliam os resultados iniciais obtidos. O município foi primeiro do interior do Estado a receber o Território da Paz, no mês de novembro de 2011. Além do Zachia foram contemplados os bairros abrangidos na grande Integração - Jerônimo Coelho, Parque Recreio, Loteamento Parque do Sol, Loteamento Morada do Sol, Professor Schisler, Vila Xangri-lá, Jaboticabal, Loteamento Alvorada e Boqueirão. O diagnóstico desta ampla última região você acompanha na próxima reportagem.
A partir da Secretaria de Segurança são articuladas várias políticas distintas que associam ações sociais e policiais, em conjunto com outras pastas e também de órgãos de segurança. “O objetivo é fazer com que as ações e o policiamento se integrem à comunidade para que as pessoas, especialmente os jovens, vejam o policial como um amigo. Antes a polícia fazia uma ação ostensiva, prendia algumas pessoas e o tráfico ou as quadrilhas de diversos tipos de crime cooptavam nova mão de obra. Com isso os jovens estão vendo que eles têm outras opções”, comentou a secretária Estelita Salton. Policiamento comunitário, ações integradas de segurança pública, programas de prevenção de violência nas escolas, mediação de conflitos através da justiça comunitária e agentes pacificadoras estão entre os trabalhos desenvolvidos. Estelita avalia que em função dos projetos que estão inseridos dentro do Território da Paz a BM está tendo uma participação importante na prevenção à violência e educação. “São ações conjuntas, a gente não pode atribuir (os resultados) a um fator específico ou a uma ação só da Secretaria ou da BM”.
O líder comunitário Nilso Santa Helena da Silva é o presidente do bairro Zachia e afirma que já é sensível a mudança no bairro após a instalação do Território. “A casa de mediação e a polícia comunitária com certeza reduziram muito a questão de furtos, roubos e tráfico de drogas. O Zachia hoje é visto com outros olhos pela comunidade”. Com uma população estimada em seis mil moradores, o bairro tenta se livrar do estigma de terra sem lei e na avaliação de Silva já colhe resultados. “O Zachia é um bairro de trabalhadores nós sofremos com meia dúzia de pessoas que queriam tumultuar, praticar furtos. Agora eu vejo uma grande valorização do bairro, maior tranquilidade dos moradores e do comércio”. O líder comunitário aponta ainda que o aumento da segurança valoriza economicamente as moradias além de promover a autoestima dos moradores. Aliado ao policiamento o presidente do bairro destaca o trabalho do Núcleo de Justiça Comunitária que conta com uma unidade no bairro.
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