Barragens do município caminham para o nível crítico

Corsan planeja estrutura para captar água da pedreira do Bairro São José, caso a estiagem se prolongue

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Barragens do município caminham para o nível crítico
Corsan planeja estrutura para captar água da pedreira do Bairro São José, caso a estiagem se prolongue
Leonardo Andreoli/ON
A falta de chuvas regulares e bem distribuídas que já dura mais de seis meses pode fazer com que os reservatórios de água da cidade cheguem a nível crítico caso não haja uma redução no consumo. A Barragem da Fazenda, que fica às margens da BR-285, está com a pior situação: 4,40m abaixo do vertedouro. A Corsan já está adotando manobras para diminuir a captação desse reservatório e planeja captar água armazenada na pedreira do Bairro São José, caso a estiagem se prolongue.
O apoio da comunidade é fundamental para evitar que seja necessário fazer um racionamento de água na cidade. De acordo com o engenheiro da Coordenadoria Operacional da Corsan em Passo Fundo Rubens Nunes Maciel hoje o abastecimento da cidade ainda continua normal em todos os setores. No entanto, a Corsan já está adotando medidas para diminuir a captação de água da Barragem da Fazenda. “Hoje estamos com a Barragem da Fazenda 4,40 metros abaixo do vertedouro e a Barragem do Miranda, na qual as nascentes são mais fortes e a área de contribuição é muito maior, está baixando e hoje o nível está 1,10m abaixo do vertedouro”, observa.
Pedreira do São José
A captação da água acumulada na Pedreira do São José é uma possibilidade que está sendo avaliada pela Corsan, caso o volume de chuvas não se intensifique na região. “Estamos nesse momento criando essa estrutura porque é uma área que não tem energia e depende de um gerador que está para chegar a qualquer momento. Mas está dentro dos nossos planos utilizar a água de lá”, esclarece. O nível da Barragem da Fazenda está baixando três centímetros ao dia. O da Miranda está diminuindo aproximadamente 20 cm ao dia. “A área da barragem do Miranda é de 54 mil m² enquanto a da Fazenda é de 12 mil m². A contribuição da Miranda é bem maior do que a da Fazenda, por isso que há essa diferença. A da Miranda está diminuindo mais rapidamente do que a da Fazenda”, compara.
É preciso economizar
Maciel alerta que é preciso economizar ao máximo para se evitar um racionamento. “Estamos intensificando a campanha para que as pessoas colaborem e não lavem calçada ou carro, se precisarem regar alguma planta que usem um balde porque é mais controlado e façam revisão da rede para consertar vazamentos rapidamente”, sugere. Ele também alerta para que as pessoas fiquem atentas aos vazamentos que podem ocorrer em função de rompimento da rede e avisem imediatamente a Corsan para que a manutenção seja feita. Para isso há um número gratuito, o 0800 646 6444. “Independente disso estamos chegando a um nível crítico. Se não chover e não houver uma diminuição no consumo daqui a pouco vamos chegar num ponto crítico”, alerta.
Semana de tempo seco
O ar seco que atua na região desde a última quinta-feira (03) deve permanecer pelo menos até a próxima quinta-feira. De acordo com o observador meteorológico da Embrapa Trigo Ivegndonei Sampaio as temperaturas devem oscilar entre 12ºC e 26ºC durante esta semana. O sol deve predominar e às tardes a nebulosidade deve aumentar.  “Na quinta-feira temos uma frente fria que começa a atuar no sul do Estado entre Pelotas e Uruguaiana e deve chegar à região no decorrer do período de sexta-feira”, diz. No sábado o tempo permanece instável com períodos de melhoria. A temperatura entra em ligeiro declínio. O volume de chuvas vai depender da intensidade com que a frente fria chegará à região.
Sampaio lembra ainda que o prognóstico divulgado no final do mês de abril aponta que deve voltar a chover dentro das médias históricas a partir da segunda quinzena deste mês. “Então a partir dessa área de instabilidade que entra na sexta-feira as chuvas devem começar a aumentar a quantidade e a frequência”, conclui. Em junho e julho as chuvas devem ficar dentro da média.
(Fotos: Arquivo ON)
01 – Barragem da Fazenda está 4,40m abaixo do nível normal. Corsan está evitando captar água deste reservatório
02 – Água da Pedreira do Bairro São José pode ser alternativa para abastecimento

A falta de chuvas regulares e bem distribuídas que já dura mais de seis meses pode fazer com que os reservatórios de água da cidade cheguem a nível crítico caso não haja uma redução no consumo. A Barragem da Fazenda, que fica às margens da BR-285, está com a pior situação: 4,40m abaixo do vertedouro. A Corsan já está adotando manobras para diminuir a captação desse reservatório e planeja captar água armazenada na pedreira do Bairro São José, caso a estiagem se prolongue.

O apoio da comunidade é fundamental para evitar que seja necessário fazer um racionamento de água na cidade. De acordo com o engenheiro da Coordenadoria Operacional da Corsan em Passo Fundo Rubens Nunes Maciel hoje o abastecimento da cidade ainda continua normal em todos os setores. No entanto, a Corsan já está adotando medidas para diminuir a captação de água da Barragem da Fazenda. “Hoje estamos com a Barragem da Fazenda 4,40 metros abaixo do vertedouro e a Barragem do Miranda, na qual as nascentes são mais fortes e a área de contribuição é muito maior, está baixando e hoje o nível está 1,10m abaixo do vertedouro”, observa.

Pedreira do São JoséA captação da água acumulada na Pedreira do São José é uma possibilidade que está sendo avaliada pela Corsan, caso o volume de chuvas não se intensifique na região. “Estamos nesse momento criando essa estrutura porque é uma área que não tem energia e depende de um gerador que está para chegar a qualquer momento. Mas está dentro dos nossos planos utilizar a água de lá”, esclarece. O nível da Barragem da Fazenda está baixando três centímetros ao dia. O da Miranda está diminuindo aproximadamente 20 cm ao dia. “A área da barragem do Miranda é de 54 mil m² enquanto a da Fazenda é de 12 mil m². A contribuição da Miranda é bem maior do que a da Fazenda, por isso que há essa diferença. A da Miranda está diminuindo mais rapidamente do que a da Fazenda”, compara.

É preciso economizarMaciel alerta que é preciso economizar ao máximo para se evitar um racionamento. “Estamos intensificando a campanha para que as pessoas colaborem e não lavem calçada ou carro, se precisarem regar alguma planta que usem um balde porque é mais controlado e façam revisão da rede para consertar vazamentos rapidamente”, sugere. Ele também alerta para que as pessoas fiquem atentas aos vazamentos que podem ocorrer em função de rompimento da rede e avisem imediatamente a Corsan para que a manutenção seja feita. Para isso há um número gratuito, o 0800 646 6444. “Independente disso estamos chegando a um nível crítico. Se não chover e não houver uma diminuição no consumo daqui a pouco vamos chegar num ponto crítico”, alerta.

Semana de tempo seco

O ar seco que atua na região desde a última quinta-feira (03) deve permanecer pelo menos até a próxima quinta-feira. De acordo com o observador meteorológico da Embrapa Trigo Ivegndonei Sampaio as temperaturas devem oscilar entre 12ºC e 26ºC durante esta semana. O sol deve predominar e às tardes a nebulosidade deve aumentar.  “Na quinta-feira temos uma frente fria que começa a atuar no sul do Estado entre Pelotas e Uruguaiana e deve chegar à região no decorrer do período de sexta-feira”, diz. No sábado o tempo permanece instável com períodos de melhoria. A temperatura entra em ligeiro declínio. O volume de chuvas vai depender da intensidade com que a frente fria chegará à região.

Sampaio lembra ainda que o prognóstico divulgado no final do mês de abril aponta que deve voltar a chover dentro das médias históricas a partir da segunda quinzena deste mês. “Então a partir dessa área de instabilidade que entra na sexta-feira as chuvas devem começar a aumentar a quantidade e a frequência”, conclui. Em junho e julho as chuvas devem ficar dentro da média.

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