Passo Fundo terá até o final deste ano um diagnóstico das suas propriedades rurais. A ação foi apresentada ontem pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento e outras oito entidades como Emater, Embrapa, Sicredi, UPF, Sebrae e Sindicatos. O objetivo é conhecer a realidade do meio rural do município, identificando as suas potencialidades para a construção de um projeto de melhoria de renda aos agricultores e de políticas públicas do setor. Serão pesquisadas cerca de 400 propriedades rurais. O cronograma de ação envolve a realização de 32 reuniões, sendo 16 com lideranças e 16 abertas para as comunidades. Os questionários começarão a ser aplicados no próximo dia 24, nas localidades que englobam o Distrito de São Roque. Neste local já foi realizada a reunião de lideranças e no dia 10 será feita a reunião da comunidade.
O questionário tem mais de 140 itens e os organizadores do diagnóstico acreditam que ele será respondido em pouco mais de duas horas. Segundo o professor Benami Bacaltchuk, vai coordenar a aplicação que será feita através de estudantes da Faculdade de Agronomia. Para chegar a este termo, segundo Benami, foram considerados outros três modelos de questionários. Ele é extenso, mas objetiva coletar o máximo de informações possíveis que possam balizar futuras ações. Estima-se que, em sete meses o trabalho deva estar concluído. “Faremos um diagnóstico apurado, mas ele não servirá de nada se não tivermos políticas públicas aplicadas ao setor a partir do resultado que este levantamento apresentar”, observou o presidente do Sicredi Planalto Médio, Ari Rosso.
Gestão da propriedade
O Sebrae é um dos parceiros da ação. Além do investimento de R$ 250 mil para que o diagnóstico seja realizado, o órgão desenvolve um trabalho com 129 propriedades rurais na área de gestão. “Nós queremos que estas propriedades tenham uma visão de sistema produtivo” , disse a gerente regional, Maria Martins da Silva Meyer. Ela acentuou, no entanto que, mais do que apoio financeiro dado pelo órgão e também pela UPF este trabalho tem um valor econômico muito maior, já que a maioria das instituições envolvidas participa como voluntária e está disponibilizando recursos humanos e tempo para o projeto.
Entidades envolvidas
CMDA – Conselho Municipal de Desenvolvimento Agropecuário;
EMATER;
Embrapa Trigo;
Secretaria do Interior (Agricultura);
SEBRAE;
Sicredi Planalto Médio RS;
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Passo Fundo;
Sindicato Rural de Passo Fundo;
UPF