Polícia Federal investigará casos de biopirataria em Passo Fundo

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A Polícia Federal deve instaurar um inquérito para investigar os dois casos de biopirataria ocorridos em Passo Fundo em menos de um mês. O órgão também pedirá cooperação internacional para atuar no caso, já que os animais foram enviados ilegalmente da Europa ao Brasil.

Os casos seriam investigados pelo Ministério Público Federal, mas diante da reincidência do crime e do fato da importação ilegal de animais ser rara no país, a Polícia Federal deverá assumir a investigação ainda nesta semana, de acordo com o delegado Celso André Nenê Santos.

Em 19 de abril, oito escorpiões e três aranhas vindos de Wenden, na Alemanha, foram apreendidos pelos Correios de Passo Fundo. Na segunda-feira (7), mais 14 aranhas, vindas de Gijon, na Espanha, foram confiscadas. O aparelho de Raio-X que examina as correspondências internacionais acusou a presença de seres vivos nos pacotes. O Ibama deve entregar à Polícia Federal ainda nesta quarta-feira (9) os dois autos de apreensão.

“Nossa preocupação é maior por serem casos raros. Temos muitas situações de exportação de animais para o exterior, por termos uma fauna rica, mas importar animais é muito raro. São poucos casos no país”, comenta Santos. Para o delegado, o caso pode ter um impacto muito grave no meio ambiente.  “Se esses animais fossem soltos no meio ambiente, não haveria predador e eles poderiam concorrer com as nossas espécies”.

Segundo o Ibama, a suspeita é de que os animais tenham sido comprados pela internet para serem vendidos como animais domésticos. Cada um dos escorpiões apreendidos custa cerca de cinco euros no mercado europeu e pode ser vendido por aproximadamente R$ 100 no Brasil, de acordo com o órgão.

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