Sentimento mãe

Mais de 40 pessoas ajudam a melhorar a vida das pessoas com câncer que são atendidas no CACC Passo Fundo

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Uma liga. Sem superpoderes, nem a grandiloquência dos atos heroicos. Mas que pratica algo muito mais humano e por isso mesmo mais louvável: se doam ao voluntariado. Pessoas que agem como mães. Aqueles seres obstinados que não se cansam de repetir cotidianamente as mesmas tarefas e constroem sua grandeza sobre o que parece ínfimo. Se oferecem sem aguardar reconhecimento. As mulheres que atuam na Liga Feminina de Combate ao Câncer e os homens que se oferecem como amigos da entidade fazem crer que existe algo como uma vocação. Um “sentimento mãe”. Algo que dá a esta pequena palavra um sentido que transcende a condição biológica de progenitora, para exprimir uma disposição de espírito que independe de gênero ou idade.

A Liga é a mantenedora do Centro Assistencial à Criança com Câncer (CACC), fundada há oito anos, e que há algum tempo recebe também mulheres. Desde 2003 o CACC oferece estrutura de hospedagem para crianças e adultos de 34 municípios da região que procuram os hospitais de Passo Fundo em busca do tratamento contra o câncer. A casa tem 60 camas, capacidade para abrigar até 30 pessoas junto a um acompanhante. Além disso, uma sala de brinquedos, cozinha e refeitório amplos estão sempre pontos, arrumados com cuidado para acolher quem chega fragilizado pela doença e a distância de casa. Mas a assistência prestada vai além de cama, banho e alimentação. Mesmo pessoas que não precisar posar no CACC, mas estão em tratamento, recebem auxílio. Atualmente 63 crianças e 27 adultos são assistidos regularmente coma doação de medição e cestas básicas.

Para prestar o aporte a essas pessoas, cerca de 40 voluntários – movidos por esta espécie de sentimento mãe – doam tempo, carinho e trabalho. Além das participantes da Liga, existem amigos que contribuem com dinheiro ou prestação de serviços, profissionais da área da saúde, como farmacêuticas, fisioterapeutas e psicólogas, além de educadoras. “Todo mundo tem o que fazer, mas deixa do seu trabalho, do seu lazer para vir doar o seu tempo aqui dentro”, conta a presidente da entidade, Neli Formigheri. “Não temos verbas de ninguém, o que temos é a caridade de algumas pessoas da comunidade que realmente colaboram conosco”. Remédios, alimentos, funcionários e todos os gastos de manutenção da casa são custeados por doações de particulares e graças ao esforço constante das voluntárias.

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