Após longo período de negociação, os motoristas e cobradores das empresas privadas de transporte urbano de Passo Fundo acataram em assembleia da categoria a proposta que estabelece reajuste salarial de 6%, mais plano de saúde ambulatorial com 80% do valor custeado pela empresa e ticket alimentação no valor de R$ 100,00.
A plenária da categoria foi realizada pelo Sindiurb na segunda-feira, 14, e contou com 269 participantes, entre os quais 125 elegeram a proposta. “Tivemos bastante tranquilidade, houve um respeito entre sindicato e empresas. Prevaleceu o diálogo, mesmo tendo sido um processo de morado”, ponderou o líder do Sindiurb, José Doebber. Mesmo antes de concluída a negociação, desde fevereiro as empresas fizeram uma antecipação de 4% do índice. A partir de agora será realizada a complementação e aplicado o reajuste aos próximos pagamentos.
Também foram colocadas para análise outras duas alternativas. A segunda proposta obteve 63 votos e constava da mesma taxa de reajuste de 6%, aliado a R$ 120,00 de ticket alimentação, sem plano de saúde. Como terceira via, que foi escolhida por 79 pessoas, a possiblidade de paralisação foi colocada em pauta. Outras duas pessoas não concordaram com nenhuma das duas alternativas. “Em nossa avaliação a segunda proposta era a pior porque o trabalhador deixaria de ter o plano de saúde e a empresa não colocaria o mesmo preço do plano de saúde no ticket. Até encaminhamos proposta neste sentido, mas não foi aceita”, comentou o dirigente da entidade responsável pelas negociações da classe.
“Estes ano as empresas resolveram acatar esta reivindicação dos trabalhadores”, afirmou o dirigente sindical sobre a troca da sacola econômica no valor de R$ 80,00 pelo vale alimentação, uma solicitação antiga. De acordo com Doebber, há aproximadamente cinco anos a cobertura de um plano de saúde para os trabalhadores era pleiteada, sendo que nos últimos dois anos o sindicato foi mais incisivo quanto à demanda. O plano de saúde que passa a ser oferecido é ambulatorial e exclusivo para os funcionários. Os trabalhadores com até 49 anos vão ter um custo de pouca mais de R$ 8,00. A partir dos 50 anos de idade o valor passa a ser de cerca de R$ 11,00.
A partir da uma tratativa paralela, estabelecida entre o sindicato e a empresa do plano de saúde, os trabalhadores que desejarem poderão colocar familiares como dependentes ao arcar com as despesas, porém por um custo menor do oferecido no balcão. “As empresas não teriam como suportar este ano um plano familiar ou hospitalar, por isso o Sindiurb fez uma negociação direta com a Prontoclínica”. Para os filiados ao sindicato que incluírem dependentes o custo será de R$ 40,00 por pessoa.