Jundiá pode ser alternativa para policultivo de peixes na região
Avanços na pesquisa de criação de jundiá são apresentados em Passo Fundo durante o V Workshop sobre Jundiá realizado pela UPF
Redação ON
A carne firme e sem espinhos faz dos jundiás uma espécie de peixe bastante apreciada pelas pessoas. O consumo, no entanto, ainda está mais relacionado à pesca do que com a criação em escala. Pesquisadores da UPF e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), entre outras instituições, têm se dedicado há pelo menos 14 anos ao estudo da espécie para constituir um pacote tecnológico com as orientações para a criação. Nesta semana eles se reúnem em Passo Fundo para apresentar os principais resultados das pesquisas realizadas e também para alinhar os estudos e evitar que eles sejam repetitivos.
A criação de um pacote tecnológico para alguma espécie pode demorar até 20 anos para ser concluído. A reunião de diversas instituições no V Workshop sobre Jundiá permite que as discussões sobre a espécie sejam ampliadas. O organizador do evento e vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UPF, professor Leonardo José Gil Barcellos, explica que mesmo sendo muito apreciado, a produção de jundiá ainda é pouco difundida. “A maior produção, que perfaz mais de 90% da produção de peixe no Rio Grande do Sul e na região, é de carpas. Por isso trabalhamos forte na UPF num sistema intermediário. Com a introdução dele junto com as carpas pra fazer uma transição”, explica.
Para se passar de um sistema de policultivo com carpas para o monocultivo de jundiá há uma grande exigência de troca de tecnologia. Por isso, a criação integrada com outras espécies é uma alternativa. “Esse sistema de policultivo de introdução gradual é muito bom também como transição de modelo de criação e está crescendo. A partir de agora vamos iniciar um trabalho mais forte de extensão de levar essa tecnologia para o campo e testá-la. O futuro é bastante promissor”, pontua.
Estudos
O pesquisador da UFSM Bernardo Baldisserotto é uma das referências nesta área. De acordo com ele o maior problema da criação de jundiás atualmente está relacionado com as doenças que atingem a espécie como infecções por bactérias e a ictiofitiríase – que causa pontos brancos no corpo do animal. “Estamos fazendo alguns trabalhos para encontrar produtos fitoterápicos para o tratamento desses problemas”, destacou. Durante uma palestra, Baldisserotto apresentou alguns resultados positivos no controle desses problemas com óleos naturais.
Sem espinhos
O professor da UFP explica que a carne firme e sem espinhos é o principal atrativo da espécie para os consumidores. “As pessoas têm o hábito de pescar e consumir essa carne. É um peixe que tem uma adaptabilidade ao clima. Ele não morre com o frio e se alimenta bem até em temperaturas bastante baixas e conseguimos bons resultados. É bem resistente, mas ainda tem alguns gargalos de qualidade de ração e algumas doenças, mas no momento que a gente se reúne e estuda claramente os pontos fortes e fracos a gente vai resolvendo esses problemas”, finaliza.
Livro
Durante o workshop também foi lançado um livro “Policultivo de jundiás, tilápias e carpas - 2ª edição”, organizado pelos pesquisadores Leonardo José Gil Barcellos e Michele Fagundes. A obra traz os principais resultados de pesquisas sobre a espécie em uma linguagem clara e acessívelA carne firme e sem espinhos faz dos jundiás uma espécie de peixe bastante apreciada pelas pessoas. O consumo, no entanto, ainda está mais relacionado à pesca do que com a criação em escala. Pesquisadores da UPF e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), entre outras instituições, têm se dedicado há pelo menos 14 anos ao estudo da espécie para constituir um pacote tecnológico com as orientações para a criação. Nesta semana eles se reúnem em Passo Fundo para apresentar os principais resultados das pesquisas realizadas e também para alinhar os estudos e evitar que eles sejam repetitivos.
A carne firme e sem espinhos faz dos jundiás uma espécie de peixe bastante apreciada pelas pessoas. O consumo, no entanto, ainda está mais relacionado à pesca do que com a criação em escala. Pesquisadores da UPF e da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), entre outras instituições, têm se dedicado há pelo menos 14 anos ao estudo da espécie para constituir um pacote tecnológico com as orientações para a criação. Nesta semana eles se reúnem em Passo Fundo para apresentar os principais resultados das pesquisas realizadas e também para alinhar os estudos e evitar que eles sejam repetitivos.
A criação de um pacote tecnológico para alguma espécie pode demorar até 20 anos para ser concluído. A reunião de diversas instituições no V Workshop sobre Jundiá permite que as discussões sobre a espécie sejam ampliadas. O organizador do evento e vice-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UPF, professor Leonardo José Gil Barcellos, explica que mesmo sendo muito apreciado, a produção de jundiá ainda é pouco difundida. “A maior produção, que perfaz mais de 90% da produção de peixe no Rio Grande do Sul e na região, é de carpas. Por isso trabalhamos forte na UPF num sistema intermediário. Com a introdução dele junto com as carpas pra fazer uma transição”, explica.
Para se passar de um sistema de policultivo com carpas para o monocultivo de jundiá há uma grande exigência de troca de tecnologia. Por isso, a criação integrada com outras espécies é uma alternativa. “Esse sistema de policultivo de introdução gradual é muito bom também como transição de modelo de criação e está crescendo. A partir de agora vamos iniciar um trabalho mais forte de extensão de levar essa tecnologia para o campo e testá-la. O futuro é bastante promissor”, pontua.
EstudosO pesquisador da UFSM Bernardo Baldisserotto é uma das referências nesta área. De acordo com ele o maior problema da criação de jundiás atualmente está relacionado com as doenças que atingem a espécie como infecções por bactérias e a ictiofitiríase – que causa pontos brancos no corpo do animal. “Estamos fazendo alguns trabalhos para encontrar produtos fitoterápicos para o tratamento desses problemas”, destacou. Durante uma palestra, Baldisserotto apresentou alguns resultados positivos no controle desses problemas com óleos naturais.
Sem espinhosO professor da UFP explica que a carne firme e sem espinhos é o principal atrativo da espécie para os consumidores. “As pessoas têm o hábito de pescar e consumir essa carne. É um peixe que tem uma adaptabilidade ao clima. Ele não morre com o frio e se alimenta bem até em temperaturas bastante baixas e conseguimos bons resultados. É bem resistente, mas ainda tem alguns gargalos de qualidade de ração e algumas doenças, mas no momento que a gente se reúne e estuda claramente os pontos fortes e fracos a gente vai resolvendo esses problemas”, finaliza.
LivroDurante o workshop também foi lançado um livro “Policultivo de jundiás, tilápias e carpas - 2ª edição”, organizado pelos pesquisadores Leonardo José Gil Barcellos e Michele Fagundes. A obra traz os principais resultados de pesquisas sobre a espécie em uma linguagem clara e acessível.