Voltou à discussão na noite de quinta-feira (17) a proibição do estacionamento em algumas ruas do Centro de Passo Fundo no período da noite. Primeiramente um decreto do início do ano passado determinou a proibição da permanência de veículos estacionados no período das 22h às 6h, na intenção de diminuir o barulho e fazer valer a Lei do Silêncio. A ideia era evitar a aglomeração de pessoas em volta dos veículos e o uso de som em volume muito alto.
Mais tarde, em janeiro deste ano, uma nova lei entrou em vigor, proibindo o funcionamento de lojas de conveniência no período da meia-noite às 6h e também proibindo o consumo de bebidas alcoólicas em um raio de 100 metros desses locais, bem como o estacionamento de veículos nessas imediações no período compreendido entre as 22h e 6h.
A questão do estacionamento está disposta no artigo 4º da lei das lojas de conveniência e foi justamente este artigo que gerou a discussão. Isso, porque um grupo, que tem à frente a Associação de Moradores e Amigos do Centro (Amac), está pedindo a revogação do artigo. De acordo com José Rodrigo Santos, presidente da Amac, a realização de um abaixo-assinado com cerca de 900 assinaturas está pedindo o retorno do estacionamento.
Conforme Santos, 12 pessoas se manifestaram, sendo nove favoráveis à revogação do artigo e liberação do estacionamento e três pela manutenção. “As pessoas que foram contrárias realmente estão preocupadas com o problema na porta na casa delas e não no problema como um todo, com a lei que foi para todos os postos de combustíveis, para toda a cidade”, completa.
O abaixo-assinado, segundo Santos, começou a ser feito através de uma mobilização dos proprietários de casas noturnas. Depois que a lei foi implementada, esses proprietários procuraram a Amac para pedir auxílio. O argumento pelo retorno do estacionamento é que “como a lei já proíbe o funcionamento das lojas de conveniência e o consumo de bebidas alcoólicas num raio de 100 metros destes locais, se o estacionamento for liberado, a baderna não vai voltar, porque o pessoal não vai ter o posto, não vai poder beber, então vai só estacionar o carro. E por isso concordamos em ajudar”, avalia Santos.
A partir disso, a associação passou a buscar assinaturas de moradores de todo o bairro. “O Centro vai do Notre Dame até a rua da Rodoviária e da General Osório até a Nascimento Vargas, conforme a Secretaria do Planejamento e o estatuto da associação. Então fomos buscar assinaturas de moradores de todo o Centro de Passo Fundo para ajudar. Não fizemos um abaixo-assinado com os moradores em volta do posto, fizemos com todos os moradores do Centro, porque não posso discriminar. E até cabe um abaixo assinado com todos os moradores da cidade, que é o que já estamos pensando em fazer, porque existem postos de combustíveis em todo Passo Fundo”, afirma o presidente.
A notícia completa na edição impressa e digital do Jornal O Nacional. Assine já! www.onacional.com.br/assinaturas.
Agora também disponível para iPad e iPhone. Acesse a App Store e baixe o aplicativo grátis
|