Cerca de 90 ônibus e mais de 150 motoristas e cobradores das empresas de coletivos urbanos do município fizeram um protesto no Centro para pedir segurança. Há anos a categoria sofre com os frequentes assaltos. A mobilização foi realizada em frente ao Fórum, na tarde de segunda-feira (21). Os ônibus permaneceram parados na Avenida Brasil entre as 13h e 15h. Um buzinaço na principal avenida do município encerrou o protesto. A manifestação aconteceu após um motorista de ônibus ser baleado durante um assalto no final de semana. A Brigada Militar garantiu que ações de combate aos assaltos a coletivos urbanos serão intensificadas.
No início da manhã de domingo (20), o funcionário da empresa Coleurb, Givanildo Colussi, de 35 anos, foi baleado no tórax em um assalto próximo ao Loteamento São Bento. O motorista passou por cirurgia e na tarde de ontem (21) estava na recuperação aguardando leito. O estado de saúde dele é estável. Esse é o segundo caso grave registrado em menos de um ano. Em junho do ano passado, um motorista e um cobrador da empresa Codepas foram esfaqueados. Na época, a categoria também realizou um protesto.
Além do assalto que vitimou o motorista, outros quatro assaltos a coletivos urbanos foram registrados no último final de semana, todos com as mesmas características. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Coletivos Urbanos (Sindiurb), José Doebber, disse que são necessárias soluções mais eficazes dos órgãos de segurança e leis mais rígidas para impedir que os culpados fiquem impunes. “Estamos preocupados com a quantidade e gravidade dos assaltos. Está cada vez mais perigoso trabalhar. Esse ladrão que baleou nosso colega já havia cometido outro crime e mesmo assim estava solto. Precisamos mudar as leis. A polícia prende e a Justiça solta”, desabafou Doebber.
Uma comissão de trabalhadores e do sindicato esteve conversando com a direção do Fórum e juízes para obter informações sobre a atuação do Poder Judiciário nesses casos. Doebber informou que a categoria fará um manifesto pedindo Justiça em relação à tentativa de homicídio ocorrida no último domingo.
Colegas e amigos do motorista levaram cartazes pedindo mais segurança. O cobrador Vilmar de Oliveira já foi assaltado oito vezes. O último foi há cerca de um mês. “Na hora pensamos na família. É muito complicado sair pra trabalhar e não saber se vamos voltar”, declarou o cobrador.
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