A redução do volume de água das barragens que abastecem Passo Fundo obrigou a Corsan a adotar uma medida alternativa de emergência. Há uma semana a empresa está transpondo a água armazenada no lago da antiga pedreira da Ergo, localizada no Bairro São José, para a Barragem do Miranda. Diariamente são transpostos cerca de 12 mil metros cúbicos que correspondem a quase 22% do volume consumido diariamente em Passo Fundo. Há quase sete meses sem chuvas significativas na região, a Corsan já começa a pensar em outras alternativas caso a estiagem se mantenha.
O lago da antiga pedreira fica em uma área de propriedade da Brigada Militar que autorizou a realização da transposição. De acordo com o engenheiro da Coordenadoria Operacional da Corsan em Passo Fundo Rubens Nunes Maciel a água é retirada por duas bombas que juntas alcançam uma vazão de aproximadamente 500 metros cúbicos por hora. “São 12 milhões de litros por dia retirados da pedreira. A captação ocorre durante todo o dia e com isso estamos tentando manter pelo menos o nível da Barragem do Miranda que hoje está 1,56 metro abaixo do vertedouro e estamos tentando segurar ao máximo para dessa forma garantir o abastecimento de água em Passo Fundo”, justifica. A água retirada da pedreira é direcionada para um afluente do Arroio Miranda que abastece a barragem que fica próxima da Embrapa.
Volume
O volume do lago da antiga pedreira tem baixado desde que a transposição foi iniciada. “É a primeira vez que a gente faz essa operação de transpor. Em função da emergência da situação que estamos vivendo nós nos obrigamos a ter uma fonte alternativa. Ainda não temos estudos sobre se o volume de água vai ser mantido. O que temos observado é desde que começamos a captar ela baixou em aproximadamente cinco metros”, ressalta Maciel. Mesmo com a intensificação dos pedidos para economia de água o consumo diário em Passo Fundo não diminuiu. Em média são consumidos diariamente no município 55 mil metros cúbicos de água, que correspondem a 55 milhões de litros.
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