Para dialogar com a Acisa sobre as demandas e potencialidades dos empreendedores locais o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), José Paulo Dornelles Cairoli, esteve em Passo Fundo acompanhado da vice-presidente integração do Sistema Federasul, Simone Diefenthaeler Leite. A representante da Federasul destacou o papel do interior no desenvolvimento do estado. “O associativismo gaúcho vive um novo momento, a Federasul está com seus olhos sobre o interior e viemos aqui oficialmente convidar Passo Fundo para se tornar uma das mantenedoras da Federasul. Ou seja, participar de um grupo seleto de grandes cidades, considerando o potencial de Passo Fundo. A decisão política está na Capital, mas a riqueza vem do Interior e a gente entende que a região estaria muito bem representada através de Passo Fundo”, pontou Leite.
Em entrevista coletiva o presidente da CACB fez uma avaliação sobre o papel dos setores produtivos, política tributária, desempenho do Estado e protagonismo empresarial. Ao comentar a crise nos mercados europeus e o impacto no país, Cairoli ponderou a necessária busca por alternativas como uma oportunidade para o país corrigir alguns problemas. “Em um mundo globalizado as coisas ruins chegam logo e as boas demoram um pouco mais. Esta é uma crise mais prolongada, de mudança de um processo, mas que eu vejo também altamente positiva”. Para tanto, seriam necessárias reformas estruturais no modelo brasileiro, de forma a minimizar o chamado custo Brasil. “O Estado tem que ser um agente de desenvolvimento. Não podemos manter uma carga tributária excessiva; a segunda taxa de juros mais alta do mundo, com uma moeda até pouco tempo atrás valorizada – que agora já está indo mais ou menos no patamar esperado – e achar que nós conseguiríamos manter o país em desenvolvimento pensando só no mercado interno”, avalia.
Sobre o desempenho do governo estadual, Cairoli considera que o Rio Grande do Sul está perdendo em comparação aos demais estados do da região sul. “Esse governo não é diferente dos outros. Ele é muito lento, muito demorado porque é burocrático, não tem foco no desenvolvimento, tem foco em angariar mais recursos para pagar as contas”. Segundo o responsável pela confederação, desde o governo Antônio Britto não houve mudanças profundas que beneficiassem os setores produtivos ou uma postura distinta na atração de investimentos. “A agenda dos governadores do Paraná e de Santa Catarina é só essa. Nós como estado não fizemos o nosso papel de ajuste que os outros estados já fizeram e não é um problema deste governo, mas de todos. Não é concebível a gente continuar pagando estes impostos. Somos, entre os três estados, os que mais pagamos IPVA e assim mesmo já estão querendo aumentar uma taxa de inspeção veicular que é obrigação já estar incluída esta taxa no IPVA. Então são coisas básicas dentro deste processo que tem que ser tratadas”, enfatiza.
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