O trecho da Avenida Rio Grande, próximo a antiga Avipal, no bairro Valinhos em Passo Fundo foi obstruído na quarta-feira (23) em boa parte do dia. O protesto foi organizado pelos moradores do bairro que reivindicam a instalação de lombadas físicas para evitar acidentes e atropelamentos. Segundo os manifestantes, duas pessoas foram atropeladas nesta semana, entre elas uma criança. Desde o início do ano, a comunidade estima que cinco pessoas foram vítimas de atropelamento no trecho.
O movimento intenso de veículos na avenida e a presença de crianças brincando na rua causam frequentes atropelamentos no local. Os moradores acreditam que a instalação de redutores de velocidades, como lombadas físicas, diminuiria os riscos de acidentes.
Segundo o morador, Antonio Carlos Dias dos Santos, no ano passado, o neto dele foi atropelado e no início desta semana outros dois casos foram registrados no trecho. “Estamos cansados de cobrar uma solução. Na hora de pedir votos os políticos aparecem, mas na hora de atender os moradores, todos desaparecem”, desabafou Santos.
O presidente da Associação de Moradores do bairro, Jandir Sebastião dos Santos disse que desde 2009, a comunidade pede ao poder público que lombadas sejam instaladas. “A avenida não tem sinalização, faixa de segurança e nem lombadas. Cobramos há anos uma solução. A situação está crítica e a prefeitura só nos enrola”, declarou o presidente da associação de moradores.
Lombadas serão instaladas em duas semanas
A secretária de Segurança Pública, Estelita Salton esteve no protesto na manhã de ontem para ouvir os manifestantes. Ela informou que o pedido da instalação das lombadas foi encaminhado há alguns meses para a Secretaria de Obras. “Conversei com o secretário Simonetti (secretário de Obras) e ele disse que colocará as lombadas em duas semanas”, informou a secretária de Segurança. Estelita salientou que as placas de sinalização começariam a ser instaladas ainda no dia de ontem. Um documento constando o comprometimento da Secretaria foi entregue aos moradores. A secretária frisou que mesmo com a instalação dos equipamentos é necessário que os pais cuidem para que as crianças não brinquem na rua.