Na tarde desse domingo (27), cerca de 60 pessoas participaram da chamada “Marcha das Vadias”. Composta tanto por mulheres quanto por homens, a marcha saiu às 16h da Praça do Teixeirinha e seguiu pela Avenida Brasil até chegar à praça Marechal Floriano. De acordo com os organizadores da marcha, um dos principais intuitos ao trazê-la para o interior do Estado é protestar contra a violência que as mulheres sofrem diariamente.
A marcha teve sua origem em abril do ano passado na cidade de Toronto, no Canadá. Duas universitárias foram estupradas, e um policial comentou que as mulheres deveriam parar de se vestirem como vadias – slut, em inglês. Desde então, são realizadas em vários países, aumentado a participação ao movimento, que é conhecido no mundo como Slut Walk.
Segundo uma das organizadoras da marcha, a cada 15 segundos uma mulher sofre abuso físico no país. “Esta é uma realidade muito triste, porque a maioria delas não denuncia por medo. Sabemos de vários casos em que o companheiro bate em mulher, que ela apanha na rua”, disse a organizadora. Ela ainda ressalta que nas festas noturnas, muitos homens justificam abusos colocando a culpa no álcool, argumentando que a mulher está embriagada.
A organização da marcha ressalta que a cultura de agressão à mulher precisar acabar e que não é uma marcha de minorias, mas sim uma luta de todas as mulheres. Ela ressalta ainda que essa situação precisa mudar. “Trouxemos a marcha para o pessoal ver que sim, a mulher sofre, apanha e essa realidade não pode continuar”, finalizou.