Segurança no transporte coletivo preocupa trabalhadores

Sindicato aguarda resultado de audiência pública nesta terça-feira para avaliar se fará nova mobilização por mais segurança no transporte público

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A série de roubos a ônibus continua em Passo Fundo. Em duas semanas dois motoristas e um cobrador foram feridos em assaltos a coletivos urbanos. Além do dinheiro levado dos caixas, os ladrões passaram também a roubar os pertences dos passageiros. 

A situação vem preocupando especialmente no bairro Lucas Araújo, onde na última semana um grupo realizou pelo menos três assaltos a coletivos e em pelo menos um deles, na noite de sábado (26), o motorista do ônibus foi ferido com uma facada no peito. Três homens, aparentando idade entre 15 e 18 anos embarcaram no veículo e, como o cobrador não estava no seu posto eles pularam a roleta exigindo o telefone celular e dinheiro do motorista e do cobrador.O motorista negou-se a entregar seus pertences e foi esfaqueado no peito e após ferirem a vítima, e roubarem a bolsa de uma passageira, os três fugiram.  

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (Sindiurb), José Doeber, a entidade vem sendo cobrada pelos trabalhadores para tomar alguma providência em relação aos assaltos. “Os trabalhadores estão pressionando para que façamos alguma mobilização novamente, mas entendemos o transporte é algo complicado, que envolve outros trabalhadores que dependem do transporte coletivo, por isso estamos segurando um pouco até o resultado da audiência pública para tomarmos alguma decisão. Estamos sendo bastante cobrados pela categoria”, explicou.

Uma audiência pública para tratar da questão da segurança está marcada para esta terça-feira (29), na Câmara de Vereadores para debater a questão geral da segurança pública. “Vamos ver o que vai sair de concreto disso, o que os órgãos de segurança passarão para nós. Mas nós não podemos ficar parando todos os dias, apesar de estarmos sendo cobrados neste sentido”, disse Doeber.
O presidente do Sindiurb também chama a atenção para a mudança na forma de agir dos criminosos, cada vez mais violentos. “A agressividade nos assaltos está ficando maior a cada roubo. Temos denunciado isto. Na noite em que fizemos o protesto um assaltante correu atrás do cobrador dentro do ônibus com uma faca, depois um cobrador foi ferido e no sábado um colega esfaqueado. Os assaltantes perderam o medo. O pessoal já sai pra trabalhar pensando que vai ser assaltado”, afirmou.
Para Doeber, a sensação de impunidade também é um fator que impele os criminosos a continuar com os assaltos. “O que a gente não consegue entender é como não se chega até essas pessoas, neste caso, em que há um grupo agindo, acredito que seja mais fácil de descobrir, não sei por que se demora tanto”, desabafou.

Uma audiência pública para tratar da questão da segurança está marcada para esta terça-feira (29), na Câmara de Vereadores para debater a questão geral da segurança pública. “Vamos ver o que vai sair de concreto disso, o que os órgãos de segurança passarão para nós. Mas nós não podemos ficar parando todos os dias, apesar de estarmos sendo cobrados neste sentido”, disse Doeber.

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