Censo mostra o retrato da infraestrutura urbana

A existência de rampas de acesso foi considerada com o pior percentual entre dez características levantadas pelo IBGE no entorno das residências. O índice de iluminação pública é superior aos 96%.

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Os novos resultados do Censo 2010, divulgados na última sexta-feira (25) mostram pela primeira vez as características de infraestrutura urbana do entorno dos domicílios. O trabalho foi realizado através da observação dos recenseadores, e não pela resposta a questionários. De dez itens analisados, a cidade obteve desempenho melhor do que o do Estado e do país em seis situações (ruas com denominação, iluminação pública, pavimentação, meio-fio, bueiros e esgoto).

No entanto, obteve o pior índice no número de moradores que convivem com lixo jogado nas vias. Além disso, a pesquisa confirmou uma carência de áreas verdes e um índice elevado de domicílios sem rampas de acesso para cadeirantes. Por outro lado, os números mostram taxas altas de iluminação pública e pavimentação. Foram analisados apenas os entornos de domicílios urbanos que estão localizados em quadras ou quarteirões. Com isso, parte das moradias de favelas ficaram fora da pesquisa.
Apenas 5,5% dos moradores têm em seu entorno rampa para deficientes

Em Passo Fundo moram mais de 13 mil pessoas que precisam de rampas de acesso nas calçadas públicas por terem algum tipo de deficiência motora. No entanto, apenas 7,4% das residências possuem condições de trafegar no seu quarteirão com cadeiras de rodas. Entre os itens pesquisados na pesquisa do IBGE, a existência de rampas de acesso foi considerada com o pior percentual entre dez características levantadas pelo IBGE no entorno das residências na cidade, com apenas 9,7 mil moradores (5,5%) que possuem rampas de acesso nas quadras onde moram. O resultado mostrou que em mais de 167 mil domicílios (94,3%) não existe acessibilidade de pessoas que usam cadeiras de rodas. Porto Alegre é a segunda capital com maior índice de cobertura, com 19,9% dos moradores com acesso a rampas, só perdendo para Campo Grande que tem 24,4%.  No país, o índice de cobertura foi de 3,8% e no Rio Grande do Sul, 6,29%.

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