O alto preço da soja pago na safra, entre R$ 54 e R$ 55, fez com que os produtores rurais acelerassem a comercialização do grão. Até o momento, cerca de 80% de toda a produção já foi vendida. Muitos dos que já receberam, investiram antecipadamente da aquisição dos insumos para a próxima safra e conseguiram comprar antes dos aumentos que chegam a 35%. O que sobrou do dinheiro está reservado para pagar as parcelas dos financiamentos que vencem nos próximos meses. Além disso, os produtores já pensam em ampliar a área do grão na próxima safra.
O engenheiro agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo Claudio Dóro observa que as expectativas de aumento da área da soja para a safra do próximo ano está relacionada aos valores dos fertilizantes utilizados na lavoura. Como eles estão pouco capitalizados a opção pela soja em relação ao milho se deve aos custos de produção. “O custo de produção do milho vai ser bastante alto porque ele é mais exigente em adubo na base e de cobertura, principalmente os a base de nitrogênio que foram os que mais encareceram”, explica Dóro. Como a produção da soja deve ser mais barata, os produtores deverão optar por ela.
Algumas fórmulas de fertilizantes tiveram acréscimo de até 35% no valor nos últimos meses. “Quem vendeu soja e comprou antecipadamente ganhou de 20% a 35% na compra. Quem fez esse negócio ganhou duplamente porque vendeu soja no preço bom, e comprou insumos com preço bom também”, reitera.
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