A visão local da Rio + 20

Ecologistas falam das expectativas do evento internacional, duas décadas depois da Eco 92

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Duas décadas após a Eco 92, o Rio de Janeiro vai sediar mais um evento internacional do meio ambiente. A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio + 20, que acontece entre os dias 13 a 22 de junho, terá na pauta das discussões, dois temas centrais: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. É justamente sobre o primeiro ponto que recai a preocupação de representantes de grupos ecológicos de Passo Fundo.

A questão, inclusive, já foi motivo de protesto pelos organizadores da Cúpula dos Povos, formada por movimentos populares e que acontece paralelamente ao evento oficial. No centro da discussão está o conceito de economia verde, defendido por governos que deverão estar presentes na Rio + 20.

Representante da Agenda 21 e da secretaria municipal do Meio Ambiente, de Passo Fundo, no encontro que inicia na próxima semana, o ecologista Carlos Eduardo Sander, traduz o termo economia verde por mercantilização da natureza. Na avaliação dele, não basta apenas produzir com mais sustentabilidade, é preciso impor limites à produção. “Temos de rever os nossos padrões de consumo também. Esse modelo econômico está exaurindo os recursos naturais. Há muitas empresas recebendo prêmios de desenvolvimento sustentável, como se isso fosse algo positivo” explica.

Integrante do Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas, Paulo Fernando Cornélio, divide o mesmo raciocínio e questiona o uso de recursos fundamentais para a preservação da vida no planeta, entre eles, a terra e a água, na produção de bicombustíveis, por exemplo. O ecologista vai mais além, e critica medidas adotadas pelo governo, como a redução do IPI dos automóveis, justamente para incentivar o consumo. “Estamos gastando nossos recursos para andarmos de carro. Por que o governo não baixa o IPI das bicicletas, dos ônibus, para incentivar o transporte coletivo?

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