Desde que o ano começou, a população de rua de Passo Fundo aumentou de 9 para 17 pessoas. Embora os dados sejam ainda preliminares, segundo o secretário de Cidadania e Assistência Social, Adriano José da Silva, a maioria se trata de pessoas que vieram de fora do município de Passo Fundo. “Temos esse serviço especializado em abordagem social, o Ronda Social. Estamos atualmente em pleno trabalho, atendendo e intensificando as abordagens à noite, mas temos encontrado dificuldade principalmente nos moradores de rua, por dois motivos: pelo aumento do número de moradores de rua provenientes de outros municípios, outras regiões do estado e até de outros estados e pela dificuldade em conseguir levá-los até o albergue municipal, porque são, na maioria, usuários de substâncias psicoativas e álcool e se recusam a ser atendidos”, explica o secretário.
Nos próximos dias, a equipe do Ronda Social deve contar com apoio da Brigada Militar em algumas abordagens. “Vamos visitar alguns pontos onde estão esses moradores e onde os nossos abordadores estão encontrando resistência em levá-los para o albergue”, salienta. Conforme o secretário, como a Ronda não tem poder de polícia, a equipe faz um convite para que as pessoas os acompanhem para ser abrigados no albergue.
Porém, como se trata de um serviço onde é necessário fazer um cadastro, muitos se negam a fornecer as informações. “Os nossos abordadores procuram fazer um cadastro desses moradores de rua, mas muitos dados eles omitem. Entretanto, quando é possível identificar se é do município de Passo Fundo, se possui família aqui, são feitos os encaminhamentos. Se forem de outro município se procura acionar o município de origem para que venham buscá-los”, destaca.
Contudo, em muitas situações, os abordadores não conseguem obter as informações, tornando-se necessário um trabalho mais intenso e continuado. “O albergue trabalha nessa óptica, de identificar e fazer os encaminhamentos, seja o retorno para a família, cidade de origem, e a busca do restabelecimento dos vínculos afetivos e familiares, mas é um trabalho bastante difícil, porque não é em uma abordagem que os moradores de rua abrem a vida deles, tem que ser um trabalho contínuo”, informa.
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