Amor pela terra começa na escola

Alunos de Passo Fundo cultivam hortaliças em estufa feita com garrafas pet, têm oficina de marcenaria com madeira reaproveitada e aulas sobre o meio ambiente semanalmente

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

O mosaico alviverde de 16 metros de comprimento e três de altura chama atenção no pátio da Escola Estadual de Ensino Fundamental Valdemar Zanatta, em Passo Fundo. Construída com 4,8 mil garrafas pet, a estufa da escola é o espaço onde os alunos aprendem a cuidar da terra com respeito e carinho, produzindo hortaliças orgânicas que complementam a merenda escolar. Em uma das salas de aula ao lado, ainda funciona uma oficina de marcenaria, que utiliza madeira reaproveita para confeccionar objetos às famílias dos alunos.

Localizada no distrito Sede Independência, no interior de Passo Fundo, a escola não ensina apenas conceitos teóricos de ecologia e sustentabilidade, mas coloca-os em prática através de várias ações de preservação ao meio ambiente e desenvolve nos alunos a consciência ecológica que eles levarão para toda a vida. Por ter a maioria dos alunos oriunda de famílias de agricultores, desde sua criação, em 1939, a escola sempre desenvolveu atividades relacionadas ao meio ambiente. O foco ficou mais claro em 2008, quando a escola começou a integrar o programa “Escola Ativa”, recentemente chamado de “Escola da Terra”, do Governo Federal, que busca, entre outros objetivos, desenvolver nos alunos o gosto pela agricultura sustentável como renda familiar, mantendo-os no campo e diminuindo o êxodo rural. “Depois que entramos para o programa começamos a trabalhar mais intensamente as técnicas agrícolas com os alunos, criando projetos no turno inverso”, comenta Eliza Deiche, diretora da escola há seis anos.

 Os alunos plantavam, cuidavam e colhiam as hortaliças produzidas na horta da escola, mas devido à formação de geadas e ao frio intenso do Rio Grande do Sul, muitos dos cultivos eram prejudicados. Foi então que, em 2010, surgiu a ideia de construir uma estufa. O inovador foi substituir o tradicional plástico usando para cobrir as estufas por garrafas pet. “Fizemos um orçamento e o plástico sairia muito caro. O pai de uma aluna, que também é professor, deu a ideia de construirmos a estufa com garrafas pet e iniciamos o projeto”, explica a diretora.

Leia a notícia completa nas edições impressa e digital do jornal O Nacional

Gostou? Compartilhe