Nova polêmica envolve construção do Presídio Regional

Moradores de Carazinho questionam projeto de tratamento sanitário do Presídio Regional de Passo Fundo. Susepe afirma que projeto prevê estação de tratamento e pelo menos duas bacias decantação.

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Depois de cinco anos de inúmeros impasses que envolvem a construção do novo Presídio Regional de Passo Fundo, nesta semana a obra foi alvo de mais uma polêmica. Desta vez, ambientalistas e moradores de Carazinho elaboraram um abaixo assinado e um relatório fotográfico questionando os impactos ambientais que poderiam trazer prejuízos para o Rio da Várzea, responsável pelo abastecimento de água da comunidade carazinhense.

Segundo o presidente da ONG Amigos do Rio da Várzea (Ariva), Claudir Cardozo, a área onde será instalada a nova penitenciária – que está parada há quase um ano depois contrato ser impugnado pelo Tribunal de Contas da União – está localizada a 50 metros de distância do arroio Araçá e a menos de 10 km do ponto de captação da Corsan. “Entendemos que a obra esta será indevidamente construída entre dois mananciais de água e que mesmo que tenha tratamento, seria despejado após no arroio que desemboca no Rio da Várzea, contaminando toda a água que nós de Carazinho utilizamos para cozinhar e beber”, relatou. O Rio da Várzea abastece também outros 55 municípios localizados na região abaixo de Carazinho.

O caso já está sendo investigado pelas promotorias especializadas em Meio Ambiente de Passo Fundo em conjunto com a de Carazinho. O promotor Paulo Cirne, Promotor da 1ª Promotoria Especializada de PF, recebeu o levantamento fotográfico e instaurou um inquérito civil que vai questionar a Susepe sobre a presença de um projeto de saneamento para o local. A Fepam também foi oficiada a apresentar a licença ambiental para a obra. 

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