O ato de inauguração das novas instalações para atendimento médico e odontológico da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – Apae se transformou em um emocionante encontro. Professores, funcionários, alunos e familiares confraternizaram não só pela melhoria das instalações, mas também pela solidariedade que anima o trabalho da instituição. Aos 94 anos, a fundadora da APAE Passo Fundo, Alice Sana Costi, compareceu ao evento junto com as duas filhas para ser homenageada. Em 1967 ela, que foi presidente da instituição por 19 anos, dava início à primeira escola destinada ao atendimento de pessoas com deficiência no município. Um trabalho pioneiro e que deu aos alunos a possibilidade de deixarem o isolamento provocado pelo preconceito ainda comum na época.
Com a atuação de outros voluntários a escola que hoje atende 300 pessoas, começou recebendo 28 alunos. Pela manhã, dona Alice trabalhava na Apae e à tarde percorria os órgãos públicos em busca de apoio. “Eu visitava todo mundo e não encontrei um não durante todo o tempo, em 19 anos”, recorda. O envolvimento com a causa foi motivado por um familiar com deficiência intelectual. “Eu tinha um sobrinho que era excepcional e não tinha quem o atendesse, aí comecei a verificar em outras cidades se tinha algum lugar que realizava o atendimento e vi que existia. Aí disse, se lá tem aqui também pode ter”, conta. A mobilização liderada pela fundadora contou com a solidariedade de outras pessoas e contaminou desde a família até pessoas da comunidade que preferiram ficar no anonimato.
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