Uma escola em transformação

Um ano depois de registrar a situação caótica vivenciada pela Escola Municipal São Luiz Gonzaga, ON retorna ao local e descobre um outro cenário

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A pintura na parede de um dos prédios, de frente para o portão de entrada, decorado com flores de papel em torno da frase “Reflorescer da escola”, indica ao visitante que a rotina de vandalismo, brigas, ameaças e violência, revelada pelo diretor do educandário, em entrevista publicada pelo ON em maio de 2011, começa a fazer parte do passado. Desde lá, a Escola Municipal São Luiz Gonzaga, a maior do bairro, com aproximadamente 1,1 mil alunos, deu início a uma série de projetos para virar o jogo. Um ano depois, a reportagem retornou ao estabelecimento de ensino constatou os primeiros resultados desse processo.

A descrição de um cenário depredado por constantes ataques de vandalismo; a quantidade de armas, (facas, estoques, canivetes, revólver de brinquedo e até munição de uso restrito)  apreendidas em poder de estudantes, que mais lembravam um presídio; e dezenas de boletins de ocorrência, repercutiu para além dos muros do estabelecimento de ensino. A situação foi levada ao Ministério Público, que instaurou inquérito civil público cobrando providências da Secretaria Municipal de Educação.

A Prefeitura investiu R$ 47 mil na recuperação dos banheiros, reposição de vidros, parte do piso, portas e na instalação de grades sobre o muro. O trabalho foi finalizado na semana passada. A secretária de educação, Vera Viera, justificou o atraso das obras em razão do processo licitatório, que, segundo ela, foi aberto em duas oportunidades e não houve interesse de nenhuma empresa. “Tivemos cobrança do MP em relação a essa demora” afirma.

As reformas trouxeram benefícios no dia a dia dos alunos, mas a maior transformação vem ocorrendo através da ferramenta mais valiosa que um estabelecimento de ensino dispõe: a educação. A direção reuniu o corpo docente, reforçado com a contratação de mais cinco professores que auxiliam na coordenação disciplinar em cada turno, e direcionou uma série de projetos para desenvolver uma cultura de paz e de preservação do patrimônio público, entre os alunos. A ajuda também veio de fora, através de iniciativas propostas por moradores do bairro.

 “A partir daquela entrevista recebi muitas críticas, mas as coisas começaram a mudar. A proteção sobre o muro era reivindicada desde 2006, e só foi instalada com a  pressão do Ministério Público. A comunidade também percebeu a gravidade da situação e se aproximou mais da escola” comenta o diretor, Luiz Ilon Oliveira, que comanda o educandário há 14 anos.

Leia a notícia completa nas edições impressa e digital do jornal O Nacional

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