Hoje à noite o Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) inaugura a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) que está entre as mais modernas no país. São dez leitos no total, sendo que duas são para isolamento de pacientes. O atendimento será realizado no nono andar do prédio, que foi todo modelado para atender às necessidades de uma unidade de tratamento intensivo.
De acordo com a coordenadora médica da UTI, Cristine Pilati, a unidade foi dividida em setores, sendo um destinado à internação dos pacientes e outro para a área administrativa. “Nosso conceito é de uma UTI humanizada, com atendimento do paciente e da família. Também pensamos nos nossos colaboradores, porque como eles já trabalham num ambiente fechado, queremos que eles se sintam bem”, destaca.
Todos os leitos da unidade têm iluminação natural, são individuais e têm televisor. “Temos uma poltrona nos leitos. Isso, porque dependendo do quadro e do caso do paciente, o familiar pode até ficar horas a mais acompanhando o seu doente. Tudo isso na tentativa de humanizar, tornar o atendimento do paciente crítico mais próximo e proporcionar um melhor entendimento para a família. Então, o paciente continua tendo sua vida o mais próximo da normalidade possível”, explica a coordenadora. A ideia é proporcionar um ambiente saudável também para os familiares, que já estão fragilizados pela situação de doença.
Os equipamentos são todos de tecnologia alemã. “Não existem fios no chão, é tudo aéreo. Cada leito tem um ventilador e monitores específicos. Todas as camas são eletrônicas, todos os equipamentos se movimentam, são pneumatizados, permitindo que sejam virados para todos os lados”, comenta.
Leitos de isolamento
Dos dez leitos existentes, dois são diferenciados, destinados a pacientes que necessitem de isolamento. “Se eu tiver, por exemplo, um paciente com infecção multi-resistente que veio de fora, ou um paciente que fez quimioterapia e está muito imunodeprimido, ele vai ficar no quarto de isolamento. A cama vai entrar e a porta será travada, ninguém mais poderá entrar ou sair pela mesma porta”, explica. Isso acontece para que o isolamento seja realmente respeitado, porque são quartos com filtros de pressão negativa, que são utilizados para que o paciente não receba o ar de fora da sala e também para que não ocorra o caminho inverso, evitando assim a contaminação.
Para fazer o atendimento a estes pacientes, o médico ou enfermeiro precisa primeiro passar pela troca de roupa que é feita em uma sala ao lado do isolamento, também com os filtros de pressão, para depois ter o contato com o paciente. Estes leitos são equipados com camas-balança, que acompanham a variação de peso dos doentes, “é o que se chama de acompanhar o balanço hídrico, que é a quantidade de líquidos que o paciente ganha ou perde”, comenta.