Cresce procura por vacinas em clínicas particulares

Movimento aumentou 50% após divulgação das mortes provocadas pela H1N1. Passo Fundo aguarda o resultado de seis exames suspeitos de Gripe A encaminhados ao Lacen.

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A divulgação do aumento de casos de gripe A no Estado provocou uma corrida a clínicas privadas para a vacinação contra a doença. Em algumas, o aumento na movimentação chega a 50% nos últimos dias. A campanha de vacinação encerrou na semana passada e os estoques das vacinas gratuitas nas unidades de saúde já acabaram. Neste ano, a vacinação gratuita atendeu apenas grupos específicos como grávidas, idosos acima de 60 anos, crianças de seis meses a dois anos e profissionais de saúde.

Na Cia da Vacina o estoque está terminando e as fábricas já não estão mais fornecendo novas doses. A proprietária clínica, Maria Isabel Gambatto, relatou que mais de cem pessoas procuram a clínica diariamente para fazer a vacina. “O movimento aumentou cerca de 50% na última semana depois da divulgação das mortes e mais pessoas tem procurado fazer a imunização”, relatou. A vacina que é trivalente, ou seja, imuniza contra o vírus H1N1 e outros dois vírus da gripe comum, custa em torno de R$ 40.

O movimento na Oficina da Vacina também aumentou nos últimos dias e os estoques terminaram ontem, conforme relataram os proprietários da clínica, Claudio Roberto Coracini, Francisco Bittencourt e Wilson Vieira Marques. Nesta quinta-feira (21), a clínica deve receber em torno de 500 doses que também serão vendidas a R$ 40. O médico Coracini explica que todos os anos é normal esta correria no início do inverno. No entanto, a época para imunizar contra o vírus é em março ou abril, já que o organismo precisa de três semanas para produzir anticorpos. “As pessoas deixam para a última hora, o que causa correria e falta de vacinas nas clínicas”, disse Coracini.

Campanha gratuita
Em Passo Fundo, foram imunizadas mais de 40 mil pessoas através da campanha de vacinação do Ministério da Saúde. Segundo a coordenadora da vigilância epidemiológica, Mara Dill, a procura aumentou nas últimas duas semanas, quando foram confirmados os primeiros casos da doença no Rio Grande do Sul. Na semana passada, o governo encerrou a campanha e nesta semana as doses terminaram, mas o município já solicitou uma nova remessa para atender as crianças até dois anos de idade. “Ainda precisamos de mais doses, já que muitas crianças ainda precisam fazer a segunda dose da vacina”, relatou. No total, foram 33,2 mil pessoas dos grupos de risco e 7,2 mil pessoas portadoras de doenças crônicas imunizadas.

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