Com menos de três anos na Brigada Militar, a soldada Patrícia da Silva, 27 anos, já tem uma história inesquecível em sua carreira. Na terça-feira à noite, ela ajudou a salvar a vida de um bebê passando orientações de primeiros socorros, pelo telefone, ao pai da criança. O menino, de um ano e dois meses, havia se afogado na banheira, enquanto tomava banho com a mãe.
A policial havia assumido o plantão às 18h30, na Sala de Operações da Brigada Militar, onde trabalha há cerca de um ano. Às 19h40, o telefone tocou e uma colega l o atendeu. No outro lado da linha, uma pessoa gritava dizendo que o filho estava afogado. Especialista em primeiros socorros, Patrícia assumiu a ligação e acabou sendo decisiva para evitar uma tragédia. “Eu só escutava o pai gritando do outro lado da linha, dizendo que o filho estava afogado e que havia parado de respirar. Adotei o procedimento padrão e tentei acalmá-lo para saber o que estava acontecendo” recorda.
Ao descobrir que o menino havia se afogado com água, ela passou a orientar o pai, Fernando Ibaldo dos Santos, 25 anos, passo a passo. A primeira recomendação foi para que ele segurasse o telefone com o ombro para liberar as mãos. Em seguida, pediu que sentasse e colocasse o menino de bruços entre as pernas, com a mão esquerda no peito e a direita passando pelas costas em direção a nuca, sempre repetindo os movimentos.
Após alguns segundos, que pareciam uma eternidade, recorda, o bebê começou a responder aos estímulos. “Moça ele está babando” disse o pai. Experiente, a policial entendeu o sinal de que a água estava sendo expelida dos pulmões e pediu que continuasse na mesma posição. Também solicitou que alguém conferisse os olhos dele, os quais já estavam abertos. Instantes depois, Patrícia ouviu o som que provavelmente ficará gravado em sua memória para o resto da vida. Fernando Ibaldo dos Santos Júnior, começou a chorar.
“É difícil descrever esse momento, tamanha a alegria quando ouvi o bebê chorando. Sinal de que havia retomado a respiração. O choro dele se misturou ao do pai, aí foi demais. Não tenho filhos, mas uma sobrinha pequena, sei como é” lembra. Mesmo com o sinal de recuperação, a militar não se descuidou. Insistiu para que a criança fosse mantida na mesma posição até a chegada da viatura, e durante o deslocamento ao hospital.
A viatura de prefixo 6670, tripulada pelo soldado Valmir Vicentini e pelo sargento Clairton César dos Santos, estava na área e não levou mais de dois minutos para o deslocamento até a residência do casal, na rua André Pithan, bairro São Cristóvão. A criança foi levada para o Hospital São Vicente de Paulo. Após Depois do atendimento no setor de emergência, ela permaneceu por algumas horas em observação e recebeu alta por volta da meia-noite.
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