A tecnologia deverá auxiliar os integrantes da Associação de Recicladores do Parque Bela Vista (Recibela) que atuam na separação do lixo no aterro sanitário de Passo Fundo. A empresa RPF Ambiental que iniciou a operação do aterro há cerca de 20 dias executou melhorias que já permitiram o crescimento do volume de separação de material em 150% e empregos para mais 10 recicladores. Obras estão sendo realizadas e, em três meses, será implantada a separação mecânica para facilitar ainda mais o trabalho dos catadores que receberão na esteira de triagem apenas resíduos recicláveis. A estimativa é para que o volume de materiais recicláveis aumente em 600% com o novo sistema.
O equipamento consiste em um cilindro com mecanismo capaz de separar o material reciclável do rejeito. Segundo o diretor de projeto da RPF Ambiental, Dirnei Ferri, os recicladores não precisarão mais abrir manualmente as sacolas plásticas que envolvem o lixo. O projeto da máquina já foi concluído e neste momento ela está sendo fabricada para que nos próximos meses seja instalada. “O mecanismo evitará os riscos de contaminação e a sujeira na hora da triagem”, explicou Ferri.
Entre as melhorias que já estão em andamento está a construção do sistema de transbordo do rejeito. O local será impermeabilizado com piso e coberto por uma nova estrutura. Outra novidade será a limpeza da área e o cercamento nas imediações do galpão de reciclagem para uma maior segurança e organização.
A empresa também fará a transferência do lixo acumulado fora das células na antiga área de compostagem para o aterro de Marau. Os resíduos foram depositados irregularmente no local em meses anteriores. Estima-se que o montante ultrapasse 10 mil toneladas. Atualmente, os passo-fundenses produzem entre 120 e 130 toneladas de lixo diariamente. Na segunda-feira, o volume é de aproximadamente 190 toneladas.
O contrato de operação do aterro entre o município e a empresa RPF Ambiental tem um prazo de seis meses renováveis por mais seis. A empresa recebe R$ 107,90 por tonelada de lixo. Os resíduos estão sendo levados para o aterro sanitário de Marau. A empresa garante que vai transformar a imagem do lixão. “Está havendo uma grande interação entre o grupo Recibela, a empresa e o município. A nossa proposta é melhorar as condições de trabalho dos recicladores, proporcionar mais eficiência, desenvolvimento e implantar tecnologia”, garantiu Ferri.
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