Comunidade luta para não ser extinta

Moradores de uma área de ocupação, no bairro Petrópolis, esperam por decisão que poderá permitir que continuem morando no local

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Paulo Nunes é um dos integrantes das 68 famílias que moram na Comunidade Santo Expedito, área de ocupação que fica às margens dos trilhos no bairro Petrópolis. Ele, a esposa e os dois filhos moram no local há 15 anos e vivem das vendas realizadas num marcadinho que mantém na garagem de casa. Tal como eles, outras famílias estão no local há 15 ou 20 anos e agora temem ter que deixar a comunidade em virtude de um processo de reintegração de posse feito pela América Latina Logística (ALL), empresa concessionária da ferrovia.

A situação gerou a convocação de uma audiência na Justiça Federal, que foi realizada no dia 12 de junho. Na ocasião os advogados de todas as partes apresentaram seus argumentos. Conforme a ALL, estes moradores estão em área de preservação permanente e área de risco. Já os moradores alegam que suas residências estão fora do trecho de perigo. Diante do impasse, a ALL comprometeu-se a fazer uma nova medição e levantamento detalhado.

“Os moradores estão na expectativa e apreensivos com a possibilidade de perder o local onde moram, mas estão agora na espera de que a ALL faça uma nova medição do local, porque segundo os moradores, e é fato, eles moram há mais de 120 metros, portanto não existe perigo de vida nenhum”, explica o vereador Rui Lorenzato, que tem acompanhado o desenrolar do caso.

De acordo com ele, na audiência também ficou definido que o município seria notificado, no sentido de manifestar ou não interesse de adquirir a área para regularizar a situação das famílias ou removê-las para outro local habitável. “No dia da audiência, mais de 100 pessoas, moradores do local, ficaram do lado de fora esperando pelo resultado. A maioria está há mais de 10 anos morando no local, com casas construídas, consolidadas. Existe inclusive uma comunidade, de Santo Expedito, que está estruturada ali, com igreja e salão, biblioteca com centenas de livros utilizados pela comunidade. Mensalmente são realizadas missas. Existe toda uma vida social no local”, salienta Lorenzato.

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