Atravessar os cerca de quatro metros da ponte sobre o rio Pinheiro Torto, na localidade de Santo Antão, interior de Passo Fundo, tem sido uma aventura de alto risco para os motoristas. Deterioradas pela ação do tempo, as pranchas de madeira espedaçaram-se e estão soltas sobre a base, formando uma verdadeira armadilha para quem precisa fazer a travessia. Com o agravamento da situação nas últimas semanas, produtores da região evitam passar com caminhões carregados pelo local. A preocupação maior é com o transporte escolar que cruza a ponte, pelo menos duas vezes ao dia, levando aproximadamente 50 estudantes da escola municipal de ensino fundamental Leão Nunes de Castro, distante cerca de três quilômetros dali. “As madeiras de cima apodreceram, é preciso ter muito cuidado para passar. Nos dias de chuva, a situação piora ainda mais” explica o motorista Almerindo da Silveira Falcão, responsável pelo transporte dos estudantes.
A moradora Janete da Silva, 39 anos, disse que a prefeitura já foi alertada da situação em pelo menos três oportunidades. “Isso aqui está um perigo, a impressão é de que estão esperando acontecer alguma tragédia para que se tome alguma providência” desabafa. Além da reforma na ponte, os moradores pedem a conclusão da estrada entre as localidades de Santo Antão e São Miguel. Segundo Falcão, o trecho conhecido como assentamento, está praticamente intransitável nos dias de chuva.
Contraponto
O secretário municipal do Interior, Flamino de Mello, disse já ter encaminhado a compra da madeira para a reforma da ponte em Santo Antão, além de outras duas, nas localidades de São Valentin e Passo do Chinelo. Em relação à primeira, disse que as vigas de sustentação estão em boas condições. O problema, aponta ele, está nas pranchas e nos trilhos. O início da obra deve ocorrer na próxima semana. “Estamos apenas aguardando a chegada da madeira” afirma. O secretário garantiu também para os próximos dias, o término da obra na estrada naquela localidade.