Servidores do judiciário entram em greve

Proposta de aumento de 2,25% feita pelo Tribunal foi fortemente rechaçada pela categoria

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Os servidores do Judiciário entraram em greve ontem. A ação foi decidida em assembleia geral realizada no dia 22 de junho. Segundo o representante da comarca de Passo Fundo, Edir Godinho, a proposta de reajuste em 2,25% feita pelo Tribunal foi veemente criticada. “Isso não repõe nem a contribuição para o IPE, muito menos a inflação. Nós interpretamos como brincadeira do Tribunal, e diante isso, deflagramos a greve”, disse. A paralisação é por tempo indeterminado.  

Além do reajuste salarial, existem outras demandas reivindicadas pela categoria. Godinho explica que atualmente, existem aproximadamente 85 mil processos em andamento em Passo Fundo, enquanto que o número de servidores que trabalham efetivamente com processo gira em torno de 70. O preenchimento dos cargos vagos – 1.800 em todo estado – é uma das demandas. O aumento do vale-refeição para R$ 900,00 também está entre as reivindicações.

Nesta quinta-feira será realizada uma nova reunião entre as entidades de classe (Sindicato, Associação de Servidores, ABOJERIS) e a presidência do Tribunal para uma nova rodada de negociações. Como o movimento respeita todos os requisitos da lei de greve, a intenção é permanecer o tempo necessário. Segundo Godinho, há 17 anos que a categoria não realizava uma greve. “Estamos lutando por um direito que é nosso, e com a melhoria das nossas condições de vida e trabalho, resultará em beneficio da própria sociedade”, completa.

Mesmo com a greve, o Fórum de Passo Fundo não está totalmente parado. Cerca de 30% dos servidores em cartório (conforme determina a lei) trabalham para atender aos casos considerados urgentes, cuja prioridade é avaliada por uma comissão. Já os demais serviços, como emissão de certidões e folhas corridas, estão parados até o final da greve.

IBGE
Os servidores da Agência de Passo Fundo também aderiram à Greve Nacional dos servidores no IBGE nesta quarta-feira. Somente um funcionário do quadro e cinco temporários fazem plantão na unidade. Os servidores do IBGE se unem à greve do funcionalismo por 22% de reajuste salarial imediato, data-base em 1º de maio, dentre outras reivindicações como a atualização das tabelas salariais, concursos públicos, revisão da carreira funcional, melhores salários e condições de trabalho para os temporários, paridade entre ativos e pensionistas.

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