Clima: Retorno à normalidade

A volta dos padrões climáticos normais marca o prognóstico para o inverno deste ano

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Depois de meses de seca e níveis de chuva abaixo da média, o cenário deve voltar à normalidade com a entrada no inverno. Segundo o meteorologista da Embrapa Trigo, Gilberto Cunha, o prognóstico para a estação este ano é que a normalidade seja retomada nas questões hídrica e térmica.  “O inverno de 2012 marcou o encerramento do evento La Niña, responsável pela diminuição acentuada das chuvas desde a primavera até o outono”, ressaltou.

O início do inverno marca também a retomada da normalidade no ciclo de passagem de frentes frias no sul do Brasil, que dura em média entre cinco e sete dias. Essa regularização das frentes trouxe normalidade das chuvas se “Estamos projetando uma quantidade muito próxima do padrão climatológico para essa estação. Aqui em Passo Fundo, isso significa uma precipitação entre 130 e 190 mm mensalmente”, completou.

Cunha também explica que os altos e baixos da temperatura são tradicionais da estação na região. “Essas oscilações térmicas são dependentes do tipo de massa de ar que está dominante. Se ela é de origem polar (fria e gelada), temos temperaturas baixas e formação de geadas, podendo até marcar números abaixo de 0ºC. Em outros dias podemos ter temperaturas de até 29ºC, caso esteja dominando uma massa de origem tropical, de ar quente. Mesmo no inverno, não temos todos os dias com temperaturas baixas”, disse. Ele reitera que a posição geográfica do estado e do município é que traz essa característica de oscilação térmica e hídrica.

A estiagem, que ocorreu entre novembro de 2011 e maio de 2012, foi a maior dos últimos 61 anos, com médias de precipitação abaixo da média em todos os meses. “Esse cenário associado à grande demanda de evaporação na primavera, verão e outono, fez com que os mananciais hídricos, a umidade do solo e os reservatórios não tivessem capacidade de recuperar seus níveis”, explicou o meteorologista. Com a regularização das chuvas e a menor evaporação, existe a possibilidade de uma rápida recuperação dos recursos hídricos, principalmente os superficiais.

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