A partir do último sábado (30), está proibida a produção de lâmpadas incandescentes com potência entre 150W e 200W, conforme indica a portaria nº 1007 de 31 de dezembro de 2010. Com essa redução, a meta é aumentar a fatia de lâmpadas mais eficientes, como fluorescentes econômicas. Os estoques poderão ser vendidos até 31 de dezembro deste ano. O prazo para atacadistas e varejistas comercializarem as unidades que já foram fabricadas é até 30 de junho de 2013.
Já nas unidades com potência de75 W e 100W, a fabricação e importação terminam 30 de junho de 2013 e a comercialização das mesmas se encerra em 30/06/2014. A produção e venda das demais potências deverão ser suspensas até 2015. As incandescentes de menor potência estarão com a comercialização proibida a partir de 30 de junho de 2017.
Com essas medidas, projeções apontam para uma economia de 10 bilhões de kWh por ano em 2030 no país. Estimativas do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) mostram que se as incandescentes fossem substituídas por fluorescentes compactas, seriam economizados 5,5 bilhões de kWh por ano – consumo do Distrito Federal com 2,5 milhões de habitantes.
Retirada
Segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME), todo ano são comercializadas cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes no país. Uma incandescente de 60W ligada 4h por dia gasta cerca de 7,2kWh mensalmente. Já com uma lâmpada fluorescente nas mesmas condições, o gasto cai para 1,8 kWh, resultando em uma economia de 75%, conforme levantamento da Secretaria de Planejamento do MME.
O professor do curso de Engenharia Elétrica da UPF, Edson Acco, explica como funciona a lâmpada incandescente. “A incandescente é o filamento aquecido que brilha, enquanto que a fluorescente é um gás que trabalha com o reator”. Ele também ressalta que o modelo a ser retirado possui pontos positivos, como o fato de não precisar de descarte especial. Além disso, ela possui um índice de reprodução de cor (IRC) de 100%. Isso significa que em uma vitrine expondo um produto, por exemplo, a reprodução da cor será totalmente fiel. O problema é que elas utilizam mais de 90% da energia recebida para o aquecimento, sobrando apenas cerca 10% para iluminar.
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