Famílias invadem casas no Bosque das Pitangas

Moradores que têm contrato de propriedade estão com medo de terem casas danificadas e relataram ter recebido ameaças

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Cinco famílias invadiram na noite de quarta-feira casas que ficam no Bosque das Pitangas, na Vila Donária. As moradias foram construídas através do Minha Casa Minha Vida e entregues no dia 28 de junho às famílias beneficiadas que foram cadastradas junto à Secretaria de Habitação. Conforme os invasores, as casas que ocuparam não estavam sendo usadas pelos beneficiados. Das famílias, quatro eram de mães solteiras, conforme relato delas mesmas, e um aposentado que teria perdido a casa em um incêndio. “As casas estavam fechadas, não tinha ninguém morando. Se essas pessoas realmente precisassem já estavam aqui”, afirma Laura dos Santos Andreola, de 29 anos, que ocupou uma das casas junto com seus quatro filhos. De acordo com ela, todas as famílias que participaram da invasão estão cadastradas na secretaria da Habitação. A maioria está desempregada e vive com os recursos do Bolsa Família.

“Disseram que a gente tinha prioridade para ganhar as casas, que a gente estava cadastrado na secretaria como prioridade, mas não deram as casas”, afirma Laura. “Somos só mulheres com nossos filhos, não temos como pagar aluguel ou comprar e as casas aqui estavam vazias”, reforça Nerci Fátima da Silva, 46 anos, que chegou ao local com mais três pessoas.
Todos afirmavam que só sairiam se tivessem a garantia de ir para outra casa. “Estavam dizendo que entramos aqui com armas, mas as únicas armas que trouxemos foram os nossos filhos”, ressalta Laura. Conforme ela, as famílias que invadiram tinham a informação de que as moradias estavam vazias.

No início da tarde as famílias beneficiadas pelo programa, que tiveram suas casas invadidas, e que ainda não tinham se mudado para o local registraram ocorrência policial com o intuito de pedir reintegração de posse. Conforme a secretária de Habitação, Cladivânia Vanin, “a reintegração de posse será feita, porque as famílias têm contrato assinado com a Caixa de propriedade, matrícula no cartório registrada, elas têm a posse dessas moradias”, salienta.

Segundo Cladivânia, logo após a invasão, ela recebeu a informação do que estava acontecendo através de relato dos moradores que afirmaram que teriam sido usadas armas no momento da invasão. A informação foi confirmada à tarde por alguns moradores que não quiseram se identificar. De acordo com alguns deles, em seguida após a invasão, entraram homens armados, que auxiliaram as mulheres a entrar nas casas.

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