O residencial Hélio Toldo, localizado na vila Cruzeiro, construído pelo Programa de Arrendamento Residencial (PAR) da Caixa Econômica Federal foi construído há quatro anos e já apresenta vários problemas estruturais. Pelo menos 16 pessoas ingressaram na Justiça por danos morais, materiais e de obrigação de fazer para tentar solucionar os defeitos nos apartamentos. Rachaduras, infiltrações e vazamentos são encontrados em grande parte das moradias.
O residencial abrange 200 apartamentos divididos em 10 blocos. O investimento do empreendimento foi de R$ 6 milhões e foi construído para a ocupação de famílias com renda de 1,5 até 3 salários mínimos.
A moradora Sirlei de Mattos só termina de pagar o apartamento comprado por R$ 35 mil em 2023. Mas, no primeiro ano de uso surgiram os defeitos. Infiltrações no banheiro, desníveis no piso e rachaduras. O piso da sala quebrou em vários pontos e a tendência é piorar. “Começamos a observar que o piso era oco. Parece que esqueceram de colocar a argamassa. São cerca de 20 cerâmicas partidas. Sinto vergonha de convidar alguém para vir na minha casa. Estou me sentindo humilhada”, salientou a moradora Sirlei que mora no bloco A.
Em 2013, a construção completa cinco anos e a Caixa Econômica Federal deixa de ser a responsável por reformas estruturais. Isso preocupa os moradores que ingressaram na Justiça para tentar resolver os problemas. “Quando fizer cinco anos a responsabilidade passará a ser nossa e isso não é justo”, frisou a moradora Sirlei.
Os moradores afirmam que os defeitos são registrados em todos os blocos. Um dos apartamentos mais prejudicados é o da moradora Janete de Fátima Albuquerque dos Santos. Ela foi um dos 100 primeiros a ocupar o residencial. As paredes pintadas originalmente na cor creme estão pretas de mofo. O cheiro forte incomoda os habitantes da casa. Além disso, a tinta e a parede do quarto do filho começaram a se desprender. “Estou arrasada. Comprar um imóvel era meu sonho e a agora ele virou meu pesadelo”, desabafou Janete.
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