Emergências lotadas: doenças respiratórias e suspeita de gripe A aumentam demanda

Com capacidade para 26 leitos, HSVP chegou a internar 79 pacientes na terça-feira (10) e fechou setor. HC tem 100% das vagas ocupadas

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Superlotação fecha emergência do HSVP
Com capacidade para 26 leitos, o setor chegou a internar 79 pacientes nesta terça-feira (10). Somente casos com risco de vida serão atendidos até a reativação da Emergência. HC também tem todos os leitos ocupados.
Daniela Wiethölter Lopes/ON
A terça-feira exigiu paciência dos pacientes e da equipe médica do Hospital São Vicente de Paulo por causa da superlotação da unidade. Com mais de 79 pacientes internados na emergência, quando a capacidade é de 26 leitos, a instituição optou por suspender os atendimentos no local para evitar o risco e manter a segurança dos pacientes. Ou seja, o setor recebe mais que o triplo da capacidade. Segundo o vice-diretor médico do HSVP, Júlio Stobbe, dos 79 pacientes, grande parte aguardavam por uma maca sentados em cadeiras há pelo menos um dia pelos corredores da emergência. Dois pacientes precisavam de um leito na CTI e 30 estavam em observação. Na sala de espera, pelo menos 20 pessoas aguardavam pelo primeiro atendimento no final da tarde de ontem.
Segundo Stobbe, a média de atendimentos diários subiu de 100 para 150 nos últimos dias. Em três anos, a demanda dobrou.  A superlotação aconteceu, segundo o vice-diretor, devido a mudança de clima, quando recentemente foram registradas temperaturas típicas de verão e tempo seco e, nesta semana frio intenso, especialmente em idosos e crianças. Por isso, maioria dos casos é de doenças respiratórias. No entanto, o médico ressaltou que 90% dos pacientes recebem alta no após o atendimento e 80% destes são de moradores de Passo Fundo. O restante é formado por pessoas de outras cidades da região, que já chegam com indicação médica para internação, devido a gravidade dos casos. “Ou seja, a maioria dos pacientes apresenta sintomas de doenças de inverno, sem gravidade e necessidade de internação, que poderiam receber um bom atendimento nas unidades básicas de saúde”, afirmou Stobbe.
Gripe A (H1N1)
Outro motivo ligado a superlotação é o aumento da procura por atendimento de pessoas com suspeita de gripe A (H1N1). Segundo o médico infectologista do HSVP, Gilberto Barbosa, somente nestes primeiros dias de julho, quase 90 pessoas foram atendidas e medicadas com o antiviral na emergência do Hospital – uma média de 11 casos diários. 
Panorama nos outros Hospitais 
O mesmo ocorre no Hospital da Cidade, onde 100% das vagas estão ocupadas. São 58 pacientes internados em 46 leitos e 12 macas extras. Conforme a assessoria de imprensa da instituição, nestes últimos dias houve um aumento de 35% na demanda. A emergência registra em média de 25 pessoas aguardando pelo atendimento. 
Já o Hospital Prontoclínica, registra 70% de ocupação, com sete dos 10 leitos com pacientes internados. A emergência em melhores condições na é a do Hospital Municipal Dr. César Santos, onde estão internadas quatro pessoas para oito vagas. No entanto, somente nessa terça-feira, foram realizados 250 atendimentos na emergência adulta e 157 na pediátrica. Segundo o diretor do Hospital Municipal, Fernando Oliveira, a procura praticamente dobrou desde o início do inverno e a transferência do Pronto Atendimento Infantil para o local. A exceção do HSVP, todos os outros hospitais seguem aceitando doentes.
**********legenda foto geral emergência 1 Julio***********
Segundo o vice-diretor médico do HSVP, Júlio Stobbe, em 90% dos casos a população poderia procurar as unidades básicas e não o Hospital.
Foto: Daniela Wiethölter Lopes/ON
**********legenda foto geral emergência 2***********
Média de atendimentos aumentou de 100 para 150 nos últimos dias na Emergência do HSVP
Foto: Daniela Wiethölter Lopes/ON
A terça-feira exigiu paciência dos pacientes e da equipe médica do Hospital São Vicente de Paulo por causa da superlotação da unidade. Com mais de 79 pacientes internados na emergência, quando a capacidade é de 26 leitos, a instituição optou por suspender os atendimentos no local para evitar o risco e manter a segurança dos pacientes. Ou seja, o setor recebe mais que o triplo da capacidade.

Segundo o vice-diretor médico do HSVP, Júlio Stobbe, dos 79 pacientes, grande parte aguardavam por uma maca sentados em cadeiras há pelo menos um dia pelos corredores da emergência. Dois pacientes precisavam de um leito na CTI e 30 estavam em observação. Na sala de espera, pelo menos 20 pessoas aguardavam pelo primeiro atendimento no final da tarde de ontem. Segundo Stobbe, a média de atendimentos diários subiu de 100 para 150 nos últimos dias. Em três anos, a demanda dobrou.  

A superlotação aconteceu, segundo o vice-diretor, devido a mudança de clima, quando recentemente foram registradas temperaturas típicas de verão e tempo seco e, nesta semana frio intenso, especialmente em idosos e crianças. Por isso, maioria dos casos é de doenças respiratórias.

No entanto, o médico ressaltou que 90% dos pacientes recebem alta no após o atendimento e 80% destes são de moradores de Passo Fundo. O restante é formado por pessoas de outras cidades da região, que já chegam com indicação médica para internação, devido a gravidade dos casos. “Ou seja, a maioria dos pacientes apresenta sintomas de doenças de inverno, sem gravidade e necessidade de internação, que poderiam receber um bom atendimento nas unidades básicas de saúde”, afirmou Stobbe.

Gripe A (H1N1)

Outro motivo ligado a superlotação é o aumento da procura por atendimento de pessoas com suspeita de gripe A (H1N1). Segundo o médico infectologista do HSVP, Gilberto Barbosa, somente nestes primeiros dias de julho, quase 90 pessoas foram atendidas e medicadas com o antiviral na emergência do Hospital – uma média de 11 casos diários. 

Panorama nos outros Hospitais

O mesmo ocorre no Hospital da Cidade, onde 100% das vagas estão ocupadas. São 58 pacientes internados em 46 leitos e 12 macas extras. Conforme a assessoria de imprensa da instituição, nestes últimos dias houve um aumento de 35% na demanda. A emergência registra em média de 25 pessoas aguardando pelo atendimento. Já o Hospital Prontoclínica, registra 70% de ocupação, com sete dos 10 leitos com pacientes internados.

A emergência em melhores condições na é a do Hospital Municipal Dr. César Santos, onde estão internadas quatro pessoas para oito vagas. No entanto, somente nessa terça-feira, foram realizados 250 atendimentos na emergência adulta e 157 na pediátrica. Segundo o diretor do Hospital Municipal, Fernando Oliveira, a procura praticamente dobrou desde o início do inverno e a transferência do Pronto Atendimento Infantil para o local. A exceção do HSVP, todos os outros hospitais seguem aceitando doentes.

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