Formação para professores busca refletir a violência

Atividade da 7ª CRE discute as formas de prevenção de conflitos

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O ambiente social proposto pelas convivências dentro da escola reflete as experiências positivas, e também as constatações negativas da sociedade, como a violência. E a ampliação dos conflitos existentes dentro do cotidiano escolar expõe a preocupação, e as dúvidas de quem constitui o universo educativo. A professora da E.E.E.M. Antonino Xavier, Betania Francio percebe que essa violência vem da perda de alguns limites na formação das crianças - “ultimamente todos nós nos sentimos ameaçados pela mídia, por discursos diferentes, e também dentro de casa por uma cultura individualista. A criança mudou, e com elas precisamos lidar com amor e limites. É um ciclo que precisamos ouvir para compreender o próximo, e nosso coletivo.”, afirma a professora.

Dessa forma a prevenção à violência no ambiente escolar, e no seu entorno, é um dos temas destaques da formação pedagógica continuada realizada pela 7ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), que teve início na última terça-feira (17) no auditório da Faculdade de Medicina da UPF. Durante a atividade Daniel Retamoso Palma trouxe para os 350 professores que estavam no seminário uma leitura sobre os processos geradores de violência, pois “não podemos mais segmentar algumas ações, porque isso somente acarreta soluções coercitivas na sociedade, e por conseqüência na escola também. O que queremos propor é uma rede de colaboradores que vão trabalhar contra uma cultura violenta, e podemos incluir algumas forças como o consumismo, a segregação urbana e referências culturais como pontos a serem trabalhados”, esclarece o gestor do Comitê Estadual de Prevenção a Violência nas Escolas (COPREVE) em Passo Fundo.

Respeito à diversidade sexual 

Uma das violências existentes dentro da vida escolar, e a que mais cresce nos últimos anos é a intolerância à livre orientação sexual. E buscando uma melhor capacitação aos educadores enquanto a diversidade sexual e bullying homofóbico, o representante da Secretaria Estadual da Justiça e dos Direitos Humanos, Fabulo Nascimento da Rosa trouxe mecanismos para atender essa parcela vulnerável da população. A sensibilização proposta aos professores é necessário, já que “a escola se tornou um espaço de maior causador de traumas para a população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e se não houver espaços de conversa como esse, ocorre uma crescente no número da evasão escolar. E isso implica em não estudar, não fazer faculdade, não se enquadrar no mercado de trabalho, e nessa seqüência muitos param na prostituição, por exemplo”, afirma Fabulo. A dinâmica de trabalho da manhã de palestras buscou o esclarecimento e a informação para combater esse tipo de violência dentro da conduta de sala de aula.

A formação pedagógica em serviço busca a valorização profissional, qualificação tecnológica e modernização e recuperação física da rede escolar, e segue até sexta-feira (20) focando o trabalho e temas para os funcionários e professores das escolas de abrangência da 7ª CRE.

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