Ministério investigará mortes por gripe A no RS
Em todo o estado, já são 33 óbitos e 218 os casos confirmados da doença. Na região de Passo Fundo, são 14 casos e um óbito.
Daniela Wiethölter Lopes/ON
Técnicos do Ministério da Saúde estão no Rio Grande do Sul para investigar as mortes por gripe A que já chegam a 33 óbitos e 218 casos. No ano passado foram confirmados 103 casos e 14 mortes. O objetivo é elaborar um raios-x das vítimas, analisando o perfil – idade, vacinação, doenças anteriores –, a apresentação dos primeiros sintomas e o tratamento da doença. A avaliação também deve orientar alterações na campanha de vacinação para o próximo ano, especialmente porque das 33 pessoas que morreram no estado em 2012 em decorrência da gripe A, 30 não haviam sido vacinadas. Os técnicos do Ministério irão avaliar as circunstâncias em que ocorreram os óbitos e possíveis falhas no tratamento.
Esse mesmo relatório já foi realizado pelos técnicos em Santa Catarina e a conclusão foi que a maior parte das pessoas apresentavam doenças comorbidades preexistentes - como cardiopatias, pneumopatias, obesidade e diabetes. Além disso, 14 pacientes dos 28 primeiros diagnosticados com a doença tomaram o remédio mais de cinco dias após o início dos sintomas. Desde o início de 2012, 52 pessoas morreram devido ao vírus em Santa Catarina.
Na 6ª Coordenadoria Regional de Saúde, que compreende Passo fundo e 55 municípios, não houve alteração no número de casos. São 14 notificações positivas e um óbito provocado pela Gripe A (H1N1).
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Emergências
A restrição do atendimento no Hospital São Vicente de Paulo e o aumento dos casos da gripe A provocou uma verdadeira corrida para emergências e postos de saúde em Passo Fundo.
Depois de uma semana da suspensão das consultas na emergência do HSVP, o setor já conseguiu reduzir a superlotação, segundo o vice-diretor médico Júlio Stobbe. “Estamos trabalhando dentro da capacidade instalada, com lotação máxima, mas sem excessos”, afirmou. A restrição das consultas deve permanecer por tempo indeterminado. “Sugerimos que as pessoas que precisem de consultas procurem as unidades de baixa complexidade, como a rede municipal de saúde para manter somente os casos com risco de vida para o hospital de alta complexidade”, finalizou.
No Hospital da Cidade, o movimento é maior e todos os leitos estão ocupados. Desde que a emergência do São Vicente foi fechada, a procura por atendimento aumentou pelo menos 20%. Em média, cerca de 160 pessoas procuram a instituição e a maioria apresenta problemas respiratórios e sintomas de Gripe A. No HC, três pacientes estão internados com suspeita da doença.
Nas emergências adulta e pediátrica do Hospital Municipal Dr. César Santos, a demanda por atendimento é considerada dentro da normalidade, segundo o diretor da instituição, Fernando Oliveira. Desde a restrição do atendimento no Hospital São Vicente de Paulo, o Pronto Atendimento Adulto atendeu 1.999 pacientes e no Pediátrico mais 807 pacientes. Do total de leitos disponíveis, 50% dos leitos adultos e 65% dos leitos pediátricos estão ocupados.
Técnicos do Ministério da Saúde estão no Rio Grande do Sul para investigar as mortes por gripe A que já chegam a 33 óbitos e 218 casos. No ano passado foram confirmados 103 casos e 14 mortes. O objetivo é elaborar um raio-x das vítimas, analisando o perfil – idade, vacinação, doenças anteriores –, a apresentação dos primeiros sintomas e o tratamento da doença.
A avaliação também deve orientar alterações na campanha de vacinação para o próximo ano, especialmente porque das 33 pessoas que morreram no estado em 2012 em decorrência da gripe A, 30 não haviam sido vacinadas. Os técnicos do Ministério irão avaliar as circunstâncias em que ocorreram os óbitos e possíveis falhas no tratamento. Esse mesmo relatório já foi realizado pelos técnicos em Santa Catarina e a conclusão foi que a maior parte das pessoas apresentavam doenças comorbidades preexistentes - como cardiopatias, pneumopatias, obesidade e diabetes.
Além disso, 14 pacientes dos 28 primeiros diagnosticados com a doença tomaram o remédio mais de cinco dias após o início dos sintomas. Desde o início de 2012, 52 pessoas morreram devido ao vírus em Santa Catarina.Na 6ª Coordenadoria Regional de Saúde, que compreende Passo fundo e 55 municípios, não houve alteração no número de casos. São 14 notificações positivas e um óbito provocado pela Gripe A (H1N1).
Emergências
A restrição do atendimento no Hospital São Vicente de Paulo e o aumento dos casos da gripe A provocou uma verdadeira corrida para emergências e postos de saúde em Passo Fundo. Depois de uma semana da suspensão das consultas na emergência do HSVP, o setor já conseguiu reduzir a superlotação, segundo o vice-diretor médico Júlio Stobbe. “Estamos trabalhando dentro da capacidade instalada, com lotação máxima, mas sem excessos”, afirmou.
A restrição das consultas deve permanecer por tempo indeterminado. “Sugerimos que as pessoas que precisem de consultas procurem as unidades de baixa complexidade, como a rede municipal de saúde para manter somente os casos com risco de vida para o hospital de alta complexidade”, finalizou. No Hospital da Cidade, o movimento é maior e todos os leitos estão ocupados. Desde que a emergência do São Vicente foi fechada, a procura por atendimento aumentou pelo menos 20%. Em média, cerca de 160 pessoas procuram a instituição e a maioria apresenta problemas respiratórios e sintomas de Gripe A.
No HC, três pacientes estão internados com suspeita da doença. Nas emergências adulta e pediátrica do Hospital Municipal Dr. César Santos, a demanda por atendimento é considerada dentro da normalidade, segundo o diretor da instituição, Fernando Oliveira. Desde a restrição do atendimento no Hospital São Vicente de Paulo, o Pronto Atendimento Adulto atendeu 1.999 pacientes e no Pediátrico mais 807 pacientes. Do total de leitos disponíveis, 50% dos leitos adultos e 65% dos leitos pediátricos estão ocupados.