Você já imaginou que os chineses pudessem produzir as nossas bombas de chimarrão? Pois, nos próximos 90 dias você pode estar tomando um bom chimarrão Made In China. A aposta é do empresário Adriano Ribeiro, que produz há 20 anos produtos essencialmente gaúchos, como cuias e bombas de chimarrão, facas e espetos para churrasco. Ele está negociando com uma fábrica chinesa a terceirização da produção das bombas de aço inox. O molde já foi enviado para a empresa chinesa, que deve mandar os primeiros protótipos nos próximos meses para a aprovação do empresário passo-fundense. “Se o produto for realmente bom, vamos importar as bombas diretamente da China para Passo Fundo e o Estado”, relatou Ribeiro.
A idéia de importar as bombas surgiu há pouco tempo quando o empresário - que já importa as garrafas térmicas do país asiático - solicitou um estudo a Porto Business, empresa especializada na intermediação de negócios que envolvem importação e exportação. O levantamento indicou vantagens na importação do produto, como: a redução do preço ao consumidor, a ampliação da escala de produção, a conquista de novos mercados e, por conseqüência, o aumento da margem de lucro para a empresa.
Atualmente, a empresa Churrasco e Bom Chimarrão produz 10 mil bombas por mês e a maioria delas são personalizadas e feitas sob a encomenda de empresas para serem distribuídas como brindes aos clientes e funcionários. “Hoje trabalhamos com um produto diferenciado, por isso mais caro, o que reduz muito a nossa margem de lucro”, contou Ribeiro. Ao importar as bombas, a previsão é de vender até 100 mil unidades por mês, diversificar a clientela e reduzir o custo unitário em aproximadamente 40% e, dependendo da cotação do dólar, até 50%.
Máquinas de gelo e de preservativos
Atentos ao mercado, as vantagens de negociar com os chineses e as novidades tecnológicas, investidores locais estão apostando na importação de produtos produzidos no país asiático. “As empresas chinesas hoje são referência pela qualidade e agilidade no atendimento, além de oferecerem produtos inéditos e com tecnologia de ponta”, esclareceu o gerente de negócios internacionais da Porto Business, Flávio Lemos Porto.
O empresário André Bolner foi o primeiro brasileiro a importar uma máquina da China de produz e embala gelo. O equipamento, que custou US$ 107 mil, chamou a atenção do empresário pela qualidade dos componentes e pela sustentabilidade, já que não desperdiça água e energia. “Os componentes são mundiais, o compressor é americano, o sistema é alemão, as válvulas são italianas, a parte elétrica é da Coréia e o aço inox é brasileiro. Ele é montado na china, porque o país facilita a indústria local”, explicou.
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