Hospital César Santos sofre com falta de médico

Instituição já abriu processo seletivo diversas vezes, mas não aparecem interessados na vaga. Problema vem desde início do ano

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Quem procurou atendimento no Hospital Beneficente César Santos (Hospital Municipal) na noite do último sábado (4) se deparou a falta de médico plantonista. A situação, porém, não resultou na falta de atendimento, mas alguns encaminhamentos para outros hospitais precisaram ser feitos. A questão, segundo o diretor da instituição, Fernando Oliveira, se deu pela falta de médico no quadro de funcionários, o que prejudicou a organização da escala de plantonistas. O problema aconteceu porque não aparecem médicos interessados na vaga oferecida pelo hospital. A denuncia da falta de atendimento foi feita pelo vereador Patric Cavalcanti, na noite de sábado, que pessoalmente foi conferir a situação e registrou um boletim de ocorrência policial.

“Em abril processo de contratação da mão de obra foi alterado. Todos os profissionais médicos para serem contratados passam por processo seletivo público. No início do ano foram feitas as primeiras contratações de médicos para atuarem no pronto atendimento pediátrico, com carteira assinada e de acordo com a CLT, mas não foram preenchidas todas as vagas. Por isso, reabrimos o processo no mês de junho e não tivemos adesão, não tivemos procura de médicos para compor a equipe e lamentavelmente tivemos o pedido de demissão de um profissional médico, o que causou uma desorganização na escala do pronto atendimento”, explica Oliveira.

Conforme o diretor, mesmo tendo condições de contratar, tanto pela lei quanto na questão de recursos disponíveis, não existem interessados na vaga. “Todos que conseguimos contratar estão trabalhando e têm se dedicado, mas lamentavelmente não conseguimos ter médico naquele horário”, desabafa. Porém, ele esclarece que o hospital não ficou parado pela falta de profissional. “O hospital não estava fechado, porque todas as situações de emergência eram atendidas pelo médico plantonista do atendimento pediátrico. Na emergência ninguém deixou de ser atendido, os demais, os processos eletivos, que não eram urgência, foram encaminhados para que nos procurassem no dia seguinte, no domingo. Outras situações não graves, corriqueiras e os pacientes de urgência, com fratura, suspeita a ser investigada, por exemplo, foram encaminhados para os hospitais da Cidade e São Vicente”, esclarece.

Processo seletivo

Segundo Oliveira, o tema da falta de médicos vem sendo debatido e estão sendo buscadas soluções. “Estamos fazendo todo o possível, a nossa equipe de recursos humanos, direção, toda ela está debruçada neste tema e não é de agora, isso vem desde o início do ano. Estamos tentando organizar a escala e seus efeitos para a população”, ressalta. Para tanto, ainda nesta semana deverá ser reaberto o processo seletivo para a contratação de médicos. “Faremos isso o mais rápido possível e temos também uma empresa sob contrato de emergência, mas que consegue nos atender apenas com um profissional. Então o que acontece é a falta de profissional interessado na vaga”, salienta.

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