Redução do IPI: bom para os novos, ruim para os seminovos

Enquanto venda de veículos novos supera média nacional, a de seminovos preocupa garagistas de Passo Fundo

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O estímulo à compra de veículos novos com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do governo federal funcionou. Em Passo Fundo, apenas nos meses de junho e julho quase 1,3 mil novos emplacamentos foram registrados. Por outro lado, as revendas de carros seminovos registram queda do número de vendas varia entre 30% e 50% em alguns casos. Além do estímulo a compra de veículos novos, a diminuição de crédito dificulta a venda dos seminovos que ficam parados e lotam as dezenas de garagens existentes em Passo Fundo.

Conforme o garagista Olide Boscatto desde a primeira vez que o governo reduziu o IPI para automóveis o setor registra déficit. Há quase 40 anos no mercado, ele destaca que este é um dos piores momentos vividos. Mesmo com a redução do valor dos carros seminovos há pouca procura. “Sempre há crise, mas como essa não. Já ganhamos pouco ou quase nada, mas nunca pagamos para manter a loja funcionando, para manter funcionário, como está acontecendo”, revela ele que tem cinco funcionários na empresa. Os carros seminovos em estoque hoje estão com valores entre 10% e 15% mais baixos em relação ao primeiro semestre deste ano. De acordo com ele, vários empresários do município também têm enfrentado as mesmas dificuldades. “A maioria dos compradores de carro zero atuais, eram os que compravam seminovos”, acrescenta.

Dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) mostram que no Brasil cerca de 4,5 mil lojas de seminovos fecharam as portas entre março e julho.

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