Cerca de 500 trabalhadores da JBS em Passo Fundo se reuniram em assembleia nesta terça-feira (14) e aprovaram por ampla maioria dos votos a contraproposta da direção para o fechamento da Convenção Coletiva de Trabalho 2012. A categoria já preparava a votação para greve geral a partir de ontem, quando a empresa ofereceu novos benefícios, como piso mínimo de R$ 800, aumento de 9,5% para quem ganha até R$ 1.514,00 e reajuste de 8% para os salários maiores, a serem pagos na folha de pagamento de agosto, retroativo a 1º de maio. O auxilio educação, pago no mês de março aumentou de R$ 272 para R$ 402 e a participação dos lucros passou de R$ 600 para R$ 644.
Com a aplicação dos aumentos, o piso salarial da grande maioria dos trabalhadores da unidade de Passo Fundo – cerca de 50% dos funcionários – passou de R$ 720 para R$ 800. “É o melhor acordo do Estado. Não em relação ao piso mínimo, mas em relação as vantagens do acordo coletivo já que muitas categorias não tem a participação dos lucros, auxilio escolar e desconto de 2% do vale transporte”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Passo Fundo, Miguel Santos.
Mas o fator decisivo para mudar os rumos da negociação foi suspender a compensação de horas. Segundo Santos, a empresa exigia que os trabalhadores compensassem as horas não trabalhadas durante a paralisação das atividades da fábrica, quando a JBS negociava o arrendamento das operações da Doux Frangosul. “Seria muito penoso para os trabalhadores, especialmente para aqueles que trabalham no abate de frango”, esclareceu.
Trabalhadores da JBS aprovam aumento e sindicato descarta greve
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