Com a proposta de mostrar para a comunidade as infinitas possibilidades de desenvolvimento e o processo de aprendizagem de crianças, jovens e adultos com algum tipo de deficiência, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Passo Fundo, APAE, desenvolve uma série de atividades especiais desde quarta-feira, 22. A programação local faz parte de uma programação nacional chamada de “Semana da Deficiência intelectual e múltipla.”
Os cerca de 300 usuários/alunos, junto com seus familiares e a APAE, lutam pela defesa e garantia de direitos. De acordo com a diretora da Escola Especial “O Sorriso do Amanhã” que funciona dentro da APAE, Ângela Soares, o trabalho é desenvolvido, com respeito às condições de cada um, mas estimulado ao máximo o que cada aluno pode desenvolver. “Apostamos muito mais na capacidade e não na deficiência”, afirma.
A condição de não enxergar, não andar ou ter um tempo próprio para aprender algo, precisa ser respeitada e a sociedade tem um papel fundamental de possibilitar a inclusão em todos os aspectos, seja, social, educacional e até mesmo para o mercado de trabalho. O preconceito existe, mas já são percebidos grandes avanços. Na medida em que as pessoas têm informações sobre a deficiência, o preconceito diminui, no entanto, é um processo que, ainda, requer o envolvimento de todos e em especial dos educadores. Precisamos aceitar que vivemos num mundo de diversidade.
Entre as ações já realizadas, neste período de programação especial, está uma roda de samba e bate-papo sobre a deficiência com os usuários/alunos e profissionais vinculados as políticas de assistência social, educação e saúde da APAE. Na quinta-feira, 23, foi realizado um cortejo de rua para divulgar a 1ª Mostra Nossa Arte que acontece na terça-feira, 28, no Portal das linguagens da UPF. No sábado, 25, teve mateada promovida em parceria com o Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência – COMPEDE, a partir das 9 horas, na Praça Tamandaré.
1ª Mostra Nossa Arte acontece nesta terça, 28
Vestidos com roupas que representam o folclore gaúcho, 35 usuários/alunos da APAE, percorreram a rua Morom, no centro de Passo Fundo, para divulgar a 1ª Mostra Nossa Arte. Eles fizeram um cortejo de rua, com teatro, música e dança. O personagem principal, do cortejo, foi o boi barroso. Assim como são conhecidos os bois caprichoso e bumbá, eles criaram um boi para representar o folclore do Rio Grande do Sul.
Desde o início do ano, são realizadas pesquisas sobre o tema da mostra, o folclore gaúcho. O trabalho foi desenvolvido a partir de múltiplas linguagens, e o resultado pode ser conferido em uma mostra com musicas, danças, exposição de artes visuais, culinária, jogos e brincadeiras. Além da APAE de Passo Fundo, participam também as entidades dos municípios de Casca, Marau, Guaporé e Serafina Corrêa. A 1ª Mostra Nossa Arte tem o apoio da Universidade de Passo Fundo, e busca a integração entre os usuários das APAES que compõe o 20º conselho das APAES do RS.
Apae realiza Semana da Deficiência intelectual e múltipla
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